No seu relatório diário sobre vítimas civis confirmadas desde o início da agressão militar russa na Ucrânia, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de domingo (hora local), 75 crianças entre os mortos e 99 entre os feridos.
A Alto Comissariado da ONU acredita que os dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.
Esta situação verifica-se sobretudo em Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), Izium (região de Kharkiv), Sievierodonetsk e Rubizhne (região de Lugansk) e Trostianets (região de Sumy), onde há alegações de numerosas baixas civis.
O ACNUDH refere o relatório da Procuradoria-Geral da Ucrânia, segundo o qual, até hoje às 8:00 (hora local), 115 crianças foram mortas e mais de 148 ficaram feridas.
Estes números estão a ser ainda corroborados, alerta a agência da ONU para os direitos humanos, e não estão incluídos por isso nas suas estatísticas, adverte no seu relatório diário.
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas de vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", refere ainda a ACNUDH.
A guerra na Ucrânia também já provocou um número por determinar de baixas militares e levou à fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,48 milhões saíram do território ucraniano e procuraram refúgio nos países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores.
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