O Estado-Maior-General das Forças Armadas ucranianas estimou hoje em cerca de 15.300 os soldados russos mortos desde o início da invasão russa da Ucrânia.
Segundo esta fonte, as tropas russas também perderam 509 tanques, 1.556 veículos blindados de combate, 252 sistemas de artilharia, 80 sistemas de lançamento de foguetes múltiplos (MLRS) e 45 sistemas de defesa aérea.
Da lista de perdas do lado russo divulgada por Kyiv constam ainda 99 aviões, 123 helicópteros, três navios e 70 camiões-cisterna com combustível e outros equipamentos.
Entretanto, segundo o jornalista Ilia Ponomarenko, do portal de notícias Kyiv Independent, o jornal Komsomólskaya Pravda, próximo do Kremlin, publicou esta terça-feira que, segundo o ministério da Defesa russo, na "operação especial" que a Rússia realiza na Ucrânia, houve 9.861 vítimas do lado russo.
O repórter partilhou uma imagem da informação, adiantando que esta foi apagada minutos depois do site do jornal russo.
Na imagem lê-se que "de acordo com os cálculos preliminares do Estado Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, desde o início da operação militar especial na Ucrânia e até 20 de março, as forças armadas russas perderam 96 aviões, 118 helicópteros e 14.700 soldados".
O Ministério da Defesa russo negou a informação "sobre estas alegadas perdas em grande escala", que referia que "de acordo com dados do ministério, no decurso da operação especial na Ucrânia, as forças armadas russas perderam 9.861 pessoas e outras 16.153 ficaram feridas", acrescentava o texto capturado do tabloide.
Os anteriores dados divulgados por Moscovo eram de 2 de março, com o ministério da Defesa a admitir a morte de 498 soldados russos, além de 1.597 soldados feridos, num comunicado divulgado pelo seu porta-voz, Igor Konashenkov.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou até agora pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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