"A Bielorrússia decidiu reduzir o número de diplomatas ucranianos no seu território. Esta medida visa pôr fim às atividades não diplomáticas de vários funcionários de instituições diplomáticas ucranianas", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Anatoly Glaz.
Apenas o embaixador ucraniano e quatro diplomatas permanecerão em Minsk, onde mais de 20 pessoas trabalharam na embaixada ucraniana até então.
A Bielorrússia também vai encerrar o consulado ucraniano em Brest, no oeste do país, "devido à efetiva ausência de pessoal". Minsk já tinha retirado todos os seus diplomatas da Ucrânia.
O pessoal diplomático expulso "têm 72 horas para abandonar a Bielorrússia", adiantou o porta-voz.
"Desde 2020, a Bielorrússia tem observado muitas ações pouco amigáveis da Ucrânia visando a destruição irresponsável das relações interestatais com o nosso país, os contactos comerciais e os laços há muito estabelecidos", disse Glaz.
"A situação chegou a tal ponto que as autoridades ucranianas começaram a interferir direta e indiretamente nos nossos assuntos internos e interromperam os contactos entre os nossos Estados. Já em 2021, chamaram à Bielorrússia um país inimigo", disse.
Esta antiga república soviética, governada de forma autocrática desde 1994 por Alexander Lukashenko, é o principal aliado da Rússia e serve de base a forças de Moscovo na sua ofensiva militar na Ucrânia.
As autoridades ucranianas acusaram repetidamente Minsk de se preparar para enviar as suas próprias tropas para a Ucrânia, o que a Bielorrússia nega.
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