Von der Leyen debate com Biden como acelerar importação de gás dos EUA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje aos eurodeputados que irá debater com o Presidente norte-americano, Joe Biden, a importação de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, para reduzir a dependência energética da Rússia.

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© Thierry Monasse/Getty Images

Lusa
23/03/2022 16:30 ‧ 23/03/2022 por Lusa

Mundo

Comissão Europeia

"Amanhã [na quinta-feira] irei discutir com o Presidente Biden como poderemos priorizar as entregas de GNL dos Estados Unidos nos próximos meses", disse, num debate no Parlamento Europeu sobre a cimeira dos chefes de Estado e Governo dos 27, na quinta e sexta-feira, na qual Biden participa como convidado.

"A política energética também é de segurança", disse, reiterado a necessidade de diversificação das fontes energéticas, tendo em conta a dependência das importações da Rússia.

"O nosso objetivo é ter um compromisso de fornecimentos adicionais para os próximos dois invernos", salientou.

A Comissão Europeia propôs hoje obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na União Europeia (UE) para o próximo inverno, até início de novembro, para garantir fornecimento energético, percentagem que deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

A proposta surge numa altura de aceso confronto armado na Ucrânia provocado pela invasão russa, tensões geopolíticas essas que têm vindo a afetar o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

A Rússia é também responsável por cerca de 25% das importações de petróleo e 45% das importações de carvão da UE.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, pelo menos, 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Bruxelas acredita que Rússia quer deixar ucranianos à fome

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