Líderes ocidentais querem impedir Rússia de usar reservas de ouro
Os países do G7 e da União Europeia vão sancionar as transações envolvendo reservas de ouro da Rússia, para evitar que Moscovo contorne as sanções impostas pelo Ocidente, anunciou esta quinta-feira a Casa Branca.
© Lusa
Mundo Ucrânia
"Qualquer transação envolvendo ouro, relacionada com o banco central da Rússia, fica abrangida pelas sanções existentes", indicou a presidência norte-americana, enquanto decorre em Bruxelas uma série de cimeiras internacionais dedicadas à guerra na Ucrânia, incluindo uma cimeira do G7 e uma cimeira do Conselho Europeu.
"Queremos fechar qualquer possibilidade de a Rússia utilizar o seu ouro para apoiar a sua moeda", explicou um funcionário do Governo dos EUA, que sublinhou que Moscovo detém uma reserva "considerável" daquele metal precioso.
A mesma fonte assegurou ainda que os países do G7 estão "unidos" ao considerar que "as organizações internacionais e organismos multilaterais não devem continuar as suas atividades com a Rússia como se nada tivesse acontecido".
Estas medidas fazem parte do debate sobre a eventual participação do Presidente russo, Vladimir Putin, na próxima cimeira do G20, na Indonésia, sabendo-se que a China já fez saber que defenderá a presença do líder russo
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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