O Reino Unido negou a entrada de um menino ucraniano de quatro anos por o seu passaporte ter expirado recentemente, diz a família.
Platan, de quatro anos, fugiu da Ucrânia com a mãe, Ruslana, tendo conseguido chegar à Itália. O destino final era o Reino Unido, onde a tia de Ruslana reside, em Stockport.
À BBC, Inesse Gwynne adiantou querer que os seus familiares se refugiem na sua casa em Manchester. No entanto, com a rejeição do visto de Platan por o seu passaporte ter expirado recentemente, a família “não sabe o que fazer”.
“Queremo-los aqui com a nossa família. Queremos cuidar deles”, reiterou, apontando que o passaporte expirado de uma criança deveria de ser algo facilmente contornável.
“Só está expirado há umas semanas, o que é que isso interessa?”, questionou.
O esquema de acolhimento de refugiados no Reino Unido permite que estes vivam, estudem, trabalhem e acedam a fundos públicos no país, podendo ainda reunir-se com as suas famílias já estabelecidas na região e alargar a sua estadia.
Até quinta-feira, foram recebidos 32.500 pedidos de asilo, mas apenas um terço já recebeu autorização de entrada no país, que assegura estar a “trabalhar o mais rápido possível para que aqueles que estão a fugir da perseguição na Ucrânia encontrem segurança no Reino Unido”.
O dia de ontem, 24 de março, marcou um mês desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, diz a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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