Xi Jinping diz a Boris Johnson que é preciso criar condições para a paz

O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje, numa conversa por telefone com o homólogo britânico, Boris Johnson, que a comunidade internacional deve "criar as condições certas" para resolver o conflito na Ucrânia e "promover negociações de paz com sinceridade".

Notícia

© Reuters

Lusa
25/03/2022 13:28 ‧ 25/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"A comunidade internacional deve promover as negociações de paz com sinceridade. Devem ser criadas as condições necessárias para resolver este assunto. Devemos fazer tudo o possível para que a paz retorne à Ucrânia", disse Xi, segundo a imprensa local.

O Presidente chinês afirmou que o seu país já está a desempenhar "um papel construtivo" nesse sentido.

Xi disse ainda que a China está "pronta para o diálogo" com o Reino Unido, desde que este seja "franco, aberto e inclusivo", afirmando esperar que Londres seja "justa e objetiva" ao lidar com Pequim.

Na breve versão britânica do telefonema, um porta-voz de Boris Johnson disse que os dois líderes "discutiram uma série de questões de interesse mútuo - incluindo a situação na Ucrânia", sem detalhar o conteúdo.

"Foi uma conversa franca e sincera que durou quase uma hora", referiu a mesma fonte, que revelou os votos de felicidades de Xi à rainha Isabel II pelo 70.º aniversário no trono. 

A conversa ocorre uma semana depois de Xi ter falado, por videoconferência, com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Xi instou então Washington a trabalhar em conjunto para "equilibrar as tensões" e "alcançar a paz global".

Desde o início do ataque russo à Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua. Pequim pediu que "a integridade territorial de todos os países" fosse respeitada, reiterando a sua oposição às sanções contra Moscovo.

A China também evitou usar a palavra "invasão" para se referir à ofensiva russa.

Sobre as alegações de que Pequim conhecia, aprovava ou apoiava a operação da Rússia, autoridades chinesas classificaram-nas como "pura desinformação".

Na quinta-feira, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, manifestou o seu "intenso descontentamento" e a sua "firme oposição" a este tipo de informação, que, segundo afirmou, visa apenas "transferir a culpa para a China".

"Todo a gente sabe qual é a potência maior instigadora da crise", disse Wu, referindo-se aos Estados Unidos.

A China também indicou que está a mediar o conflito e que para resolvê-lo também é necessário "proteger os princípios da Carta das Nações Unidas".

A posição da China, segundo Wu, "contrasta com a dos Estados Unidos", que "criou e impôs a outros uma crise da qual beneficiou", explicou.

[Notícia atualizada às 14h52]

Leia Também: AO MINUTO: "Guerra total" à Rússia; Expulsão do G20 "não será mortal"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas