Lavrov elogia Sérvia por recusar impor sanções à Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, elogiou hoje a Sérvia por ter recusado impor sanções à Rússia na sequência da sua invasão militar à Ucrânia, ao indicar que o aliado balcânico fez "uma opção inteligente".

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Lusa
28/03/2022 16:41 ‧ 28/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

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"Respeitamos profundamente o povo sérvio, a cultura sérvia, a história sérvia, e o compromisso dos amigos tradicionais", disse Lavrov a um grupo de jornalistas sérvios num encontro por videoconferência. "Estou seguro de que vão continuar a fazer escolhas inteligentes nesta situação".

Apesar de a Sérvia ter votado a favor da resolução da ONU que condenou a invasão russa, Belgrado recusou juntar-se aos Estados Unidos e União Europeia na adoção de um amplo leque de sanções contra Moscovo.

Lavrov considerou que as sanções "são uma tentativa promovida pelos Estados Unidos para impor a sua hegemonia nos Balcãs" e acrescentou que o ocidente "está a tentar isolar a Rússia" numa região que registou uma devastadora guerra na década de 1990.

Apesar de pretender formalmente uma adesão à UE, a Sérvia tem reforçado as relações políticas, económicas e militares com a Rússia.

O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse domingo que a Sérvia "não é um servo de ninguém" e que não mudará a sua "posição neutra" em relação à guerra na Ucrânia.

A Rússia desencadeou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo quase 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Lavrov acusa ocidente de declarar "guerra total" à Rússia

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