"Respeitamos profundamente o povo sérvio, a cultura sérvia, a história sérvia, e o compromisso dos amigos tradicionais", disse Lavrov a um grupo de jornalistas sérvios num encontro por videoconferência. "Estou seguro de que vão continuar a fazer escolhas inteligentes nesta situação".
Apesar de a Sérvia ter votado a favor da resolução da ONU que condenou a invasão russa, Belgrado recusou juntar-se aos Estados Unidos e União Europeia na adoção de um amplo leque de sanções contra Moscovo.
Lavrov considerou que as sanções "são uma tentativa promovida pelos Estados Unidos para impor a sua hegemonia nos Balcãs" e acrescentou que o ocidente "está a tentar isolar a Rússia" numa região que registou uma devastadora guerra na década de 1990.
Apesar de pretender formalmente uma adesão à UE, a Sérvia tem reforçado as relações políticas, económicas e militares com a Rússia.
O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse domingo que a Sérvia "não é um servo de ninguém" e que não mudará a sua "posição neutra" em relação à guerra na Ucrânia.
A Rússia desencadeou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo quase 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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