De acordo com o coordenador humanitário da ONU na Ucrânia, Osnat Lubrani, os suprimentos em causa foram fornecidos pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e foram hoje entregues às comunidades mais vulneráveis em Kharkiv com a ajuda da Cruz Vermelha ucraniana.
Desde 24 de fevereiro, data em que a Rússia invadiu a Ucrânia, a ONU e parceiros já alcançaram mais de 890 mil pessoas vulneráveis.
Contudo, a organização salienta que isso "não é suficiente" e apelou a um cessar-fogo e ao fim da guerra.
"Continuamos a aumentar as nossas operações de socorro para que possamos alcançar as pessoas mais vulneráveis em extrema necessidade. Para isso, devemos garantir a passagem segura das partes em combate: não podemos entregar ajuda enquanto o bombardeamento continua e as estradas estão minadas", diz em comunicado.
"Pausas na luta são necessárias para permitir uma passagem livre e segura para as pessoas saírem em qualquer direção que escolherem. Contamos com a cooperação contínua de todas as partes para proteger civis e suprimentos e pessoal humanitário. Continuo a pediu um cessar-fogo e o fim da guerra. Essa é a única garantia de segurança e de acabar com esse sofrimento desnecessário", concluiu Osnat Lubrani.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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