Falando no Parlamento Europeu, na comissão para os Negócios Estrangeiros, Joseph Borrell explicou que já está em curso a segunda tranche de cerca de mil milhões de euros de apoio militar à Ucrânia e que não está previsto nenhum aumento da ajuda financeira.
Borell indicou que o apoio militar da UE está a chegar através de centros logísticos situados junto das fronteiras com a Ucrânia.
O responsável da diplomacia considerou que sem este apoio militar, em particular sem as armas de defesa anti-tanques e anti-aéreas, as perdas na Ucrânia "seriam muito mais graves".
Joseph Borrell revelou ainda que a União Europeia apoiará a procuradoria do Tribunal Penal Internacional numa investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.