Edifício da administração regional de Mykolaiv bombardeado pelos russos
A sede da administração regional de Mykolaiv, cidade perto de Odessa que havia sido poupada dos bombardeamentos nos últimos dias, foi atingida hoje por um ataque russo, disse o governador desta região localizada no sul da Ucrânia.
© Getty
Mundo Guerra na Ucrânia
"O edifício da administração regional foi atingido", escreveu o governador Vitaly Kim numa mensagem publicada na rede social Facebook, assegurando que a maioria das pessoas que estavam dentro do prédio saiu ilesa do ataque.
"Estamos a procurar oito civis e três soldados" sob os escombros, disse o responsável.
"No momento, estamos a procurar. Não há mortes confirmadas", assegurou Kim, sublinhando que "metade do prédio foi destruído" e o seu escritório afetado.
O governador publicou uma foto que mostra a secção central do edifício parcialmente colapsado.
Os russos "entenderam que não poderão tomar Mykolaiv e decidiram cumprimentar-me, dizer olá a todos nós" bombardeando o prédio, disse Kim.
Os jornalistas da agência de notícia France-Presse (AFP) viram estilhaços de vidro perto do escritório regional dos veteranos, numa esquina próxima.
"Eu estava a tomar o pequeno-almoço no meu apartamento", disse à AFP Donald, um canadiano reformado de 69 anos que vive na Ucrânia.
"Ouvi um assobio, depois um estrondo e a minha janela partiu-se", afirmou o canadiano.
"É assustador. Tivemos sorte aqui em Mykolaiv, não tivemos tantas explosões no centro da cidade" como em outras cidades, acrescentou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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