A Câmara Municipal de Madrid decidiu, esta terça-feira, retirar a Chave de Ouro da cidade ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. A chave foi atribuída ao líder russo durante uma visita oficial a Espanha, em 2006, para agradecer a “solidariedade do povo russo com as vítimas do terror que invadiu a cidade numa manhã de março”, disse, na altura, o autarca Alberto Ruiz Gallardón, referindo-se ao atentado de 11 de março de 2004.
Agora, mais de 15 anos depois, a cidade volta atrás na decisão devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. A proposta do partido Más Madrid recebeu votos do Ciudadanos, PSOE, Recupera Madrid e PP. Apenas o partido de extrema-direita Vox votou contra, que justificou a decisão com o facto de “a medalha não ter sido atribuída a Putin, mas sim aos cidadãos russos” e o porta-voz, Javier Ortega Smith, aproveitou a ocasião para comparar o líder russo, que descreveu como sendo um “tirano comunista”, com “os separatistas catalães, bascos, galegos e valencianos”.
Foram ainda aprovadas outras propostas do Más Madrid, que incluem a criação de novos locais de acolhimento durante um período de seis meses, prorrogáveis até um ano, para refugiados ucranianos e o apelo a sanções “pertinentes” por parte do governo central. “Isto tornou-se uma guerra, mas começou como uma invasão e é assim que deve ser chamado”, afirmou Rita Maestre, porta-voz do Más Madrid.
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