Líderes da Arménia e Azerbaijão vão encontrar-se em Bruxelas
O primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, declarou hoje que se deverá encontrar com o Presidente do Azerbaijão, sob mediação europeia, em Bruxelas, em 06 de abril, na esperança de lançar negociações para encerrar o conflito em Nagorno-Karabakh.
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Mundo Arménia e Azerbaijão
"Em 06 de abril, em Bruxelas, está marcada a minha reunião com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev", declarou Pashinian durante o Conselho de Ministros.
"Espero, durante esta reunião com o Presidente do Azerbaijão, um entendimento sobre todas as questões relacionadas com o lançamento de negociações sobre um acordo de paz", acrescentou.
O primeiro-ministro arménio garantiu estar pronto para iniciar "as conversações de paz sem demora".
Tanto Erevan quanto Baku disseram nos últimos dias que querem retomar os seus esforços diplomáticos para um tratado de paz.
Essas garantias vieram logo após o ressurgimento das tensões em Nagorno-Karabakh, território pelo qual as duas ex-Repúblicas soviéticas do Cáucaso lutam há três décadas. Estas tensões acontecem também pouco mais de um mês após a invasão da Ucrânia ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
No sábado, a Rússia acusou o Azerbaijão de violar o cessar-fogo negociado em novembro de 2020 pelo Presidente russo para encerrar intensos confrontos armados que duraram seis semanas.
Região montanhosa do Cáucaso do Sul habitada maioritariamente por arménios e apoiada por Erevan, o Nagorno-Karabakh declarou a secessão do Azerbaijão após a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e que implicou uma primeira guerra na primeira metade da década de 1990, com um balanço de 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados.
No outono de 2020, a Arménia e o Azerbaijão enfrentaram-se durante seis semanas pelo controlo do Nagorno-Karabakh durante uma nova guerra que provocou 6.500 mortos, e com uma pesada derrota arménia.
Após a assinatura de um acordo sob mediação russa, o Azerbaijão, apoiado militarmente pela Turquia, registou importantes ganhos territoriais e Moscovo enviou uma força de paz de 2.000 soldados para a região do Nagorno-Karabakh.
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