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Ucrânia: 'Blogger' detido por "traição" após apoiar invasão russa

Um 'blogger' e "especialista político" foi detido preventivamente por "traição", na sequência do apoio à invasão da Rússia, anunciaram hoje os Serviços de Segurança Ucranianos (SBU).

Ucrânia: 'Blogger' detido por "traição" após apoiar invasão russa
Notícias ao Minuto

15:16 - 31/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Os serviços especiais pararam as atividades ilegais de um 'jornalista' que estavam a colocar em causa a segurança da Ucrânia", informou a filial do SBU em Lviv, na rede social Facebook, acrescentando que o detido está acusado de traição.

A publicação do SBU refere que o "traidor usou as redes sociais para apoiar as ações do país agressor", acrescentando que a imprensa russa usou essas mensagens para justificar as "suas ações criminosas contra a Ucrânia".

O homem, que segundo a imprensa ucraniana é Gleb Lyachencko, um 'blogger' de 33 anos que já fez comentários em canais televisivos, foi detido por 60 dias, podendo ser libertado mediante o pagamento de uma fiança.

De acordo com o 'site' de notícias censor.net, Lyachencko disse em tribunal que só quer que "a paz seja restabelecida" e invocou o direito à liberdade de expressão.

Na quarta-feira, a justiça ucraniana anunciou a primeira acusação de um cidadão por colaboração com as forças russas, feita ao abrigo de uma lei promulgada em 15 de março, que prevê penas até 12 anos de prisão.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de quatro milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Kremlin desvaloriza obrigatoriedade de pagar gás em rublos

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