Apesar de essa decisão contrariar os termos cessar-fogo em Gaza, Smotrich manifestou ainda a sua satisfação por ter decidido permanecer no Governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu para manter a sua capacidade de intervir e exercer pressão sobre medidas como estas.
"Cada dia estou mais convencido de que fizemos a coisa certa", ao não deixar o Governo após o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita Hamas, que levou ao fim da violência na Faixa de Gaza após mais de um ano de escalada do conflito.
"A nossa influência na tomada de decisões é muito importante, assim como a decisão de não libertar os 600 terroristas no sábado à noite", disse o ministro israelita, referindo-se aos prisioneiros palestinianos que seriam libertados após a libertação de sete reféns israelitas nesse mesmo dia pelas milícias palestinianas.
Smotrich assumiu também a responsabilidade pela ofensiva militar israelita no norte da Cisjordânia, que até agora provocou a deslocação de cerca de 40.000 palestinianos.
"Dois anos após o início da revolução dos colonatos que liderámos (...) estamos também a conseguir, juntamente com o ministro da Defesa, Israel Katz, uma mudança no conceito de segurança", acrescentou Smotrich.
O líder de extrema-direita referiu ainda o funeral em massa realizado no domingo em Beirute para o falecido líder do partido-milícia xiita libanês Hassan Nasrallah.
"É um inimigo ferido e abatido que nem sequer se atreve a enterrar o arquiterrorista que eliminámos nestes cinco meses", comentou o ministro.
Centenas de milhares de pessoas compareceram ao funeral de Nasrallah, mas apenas as autoridades de nível médio estiveram presentes.
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