Não haverá "afeganização" da guerra, nem se tornará "longa e exaustiva"

Um assessor do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que o Governo não espera que ocorra uma "afeganização" da guerra com a Rússia ou que esta se torne "longa e exaustiva".

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Lusa
02/04/2022 11:06 ‧ 02/04/2022 por Lusa

Mundo

Assessor de Zelensky

 

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"Não haverá 'afeganização' e nem um conflito longo e exaustivo pela Federação Russa, como muitos esperam", declarou Podolyak, numa mensagem publicada hoje na rede social Twitter.

A Rússia vai retirar-se de todos os territórios, exceto do sul e do leste" da Ucrânia, previu o assessor, Mikhailo Podolyak, acrescentando que o inimigo tentará "entrincheirar-se" nessas regiões, reduzir as suas perdas e "ditar as condições".

Contudo, acrescentou: "Não podemos ficar sem armas pesadas se quisermos derrotar os russos".

Depois de Moscovo ter adotado esta semana uma aparente mudança de estratégia e ter começado a reagrupar as suas tropas, muitos analistas internacionais previram que uma "guerra de desgaste" se poderia arrastar por meses.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Em Dia das Mentiras, Zelensky acusa Rússia de "piadas disparatadas"

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