"Não haverá 'afeganização' e nem um conflito longo e exaustivo pela Federação Russa, como muitos esperam", declarou Podolyak, numa mensagem publicada hoje na rede social Twitter.
A Rússia vai retirar-se de todos os territórios, exceto do sul e do leste" da Ucrânia, previu o assessor, Mikhailo Podolyak, acrescentando que o inimigo tentará "entrincheirar-se" nessas regiões, reduzir as suas perdas e "ditar as condições".
Contudo, acrescentou: "Não podemos ficar sem armas pesadas se quisermos derrotar os russos".
Depois de Moscovo ter adotado esta semana uma aparente mudança de estratégia e ter começado a reagrupar as suas tropas, muitos analistas internacionais previram que uma "guerra de desgaste" se poderia arrastar por meses.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: Em Dia das Mentiras, Zelensky acusa Rússia de "piadas disparatadas"