Ucraniana de 13 anos sobrevive a estilhaço no cérebro após explosão
Jovem demorou três semanas a chegar a um hospital em Kyiv.
© Getty
Mundo Ucrânia
Uma ucraniana de 13 anos sobreviveu, milagrosamente a uma explosão na aldeia onde vive, no sul da Ucrânia, no mês passado.
Sophie ficou um um estilhaço do tamanho de um amendoim preso no cérebro, mas estará a recuperar num hospital na capital do país, em Kyiv.
De acordo com a Sky News, a menina tem a cabeça ligada e um tubo na cabeça, que a ajuda a drenar o líquido do cérebro.
"Eu estava ao lado da minha mãe e ouvi uma explosão", recorda a jovem, sobre o incidente que a 5 de março mudou a sua vida. "Corri, apenas três passos, e depois ouvi outra explosão e perdi a consciência", completa.
'It's a miracle': Girl, 13, recovering after shrapnel blasted through her skull during Russian attack #UkraineRussianWar #UkraineUnderAttack https://t.co/RZdiXjZ8xD
— The Ukraine Dispatch (@UkraineDispatch) April 3, 2022
Os pais da menina terão arrastado a filha até um abrigo, tendo a mãe pensado que o estado da filha não era grave e que teria apenas sofrido alguns ferimentos. Quando Liudmila , de 48 anos, se apercebeu que a situação era mais grave levou a filha ao hospital de Mikolaiv. Aqui, os médicos conseguiram inserir-lhe um tubo para drenar o cérebro, mas não existiam meios necessários para proceder à remoção do estilhaço. Sophie teve de ser transferida para a capital, numa viagem que demorou três semanas.
O médico que recebeu Sophie afirma que a jovem sobreviveu por "milagre" e que se o estilhaço estivesse um centímetro mais para baixo ou para o lado, este iria atingir uma parte vital do cérebro que a podia ter matado.
Um dos melhores neurocirurgiões do país ficou a cargo do caso e decidiu remover o estilhaço, para evitar o risco de infeção. Terminada a delicada cirurgia, o homem revela à SkyNews que foi uma sensação de alívio e felicidade por ter cumprido a sua missão. A jovem estará ainda a recuperar e tudo indica que terá de aprender a andar novamente. Mas o facto de estar viva, é suficiente para não ter perdido o sorriso.
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