Seis corpos carbonizados empilhados foram examinados em Bucha

Seis corpos carbonizados empilhados foram hoje examinados na cidade ucraniana de Bucha, na região administrativa de Kyiv, onde surgiram provas gráficas de assassínios e tortura após a retirada dos militares russos daquela localidade.

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Lusa
06/04/2022 00:05 ‧ 06/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Não ficou claro quem eram as pessoas ou em que circunstâncias foram mortas. Um dos corpos era mais pequeno, provavelmente de uma criança, indicou à agência de notícias AP o chefe da polícia na região de Kiev Andrii Nebytov.

Também se verificou que um outro corpo tinha um ferimento de bala na cabeça.

A pilha de corpos vista pelos jornalistas da AP encontrava-se junto a um bairro residencial, perto de um parque infantil colorido e vazio, e era visível para os transeuntes.

"É horrível", disse o ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrsky, no local, em declarações à imprensa.

O governante afirmou que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, deveria "ir para o inferno".

A AP viu dezenas de cadáveres em torno de Bucha, de onde as forças russas se retiraram na última semana.

As imagens de alguns dos corpos com os braços amarrados horrorizaram o mundo. Muitas vítimas vistas pelas AP pareciam ter sido baleadas à queima-roupa, algumas na cabeça.

As autoridades ucranianas disseram que os corpos de pelo menos 410 civis foram encontrados em cidades próximas de Kiev, que foram recapturadas do controlo russo nos últimos dias.

O gabinete do procurador-geral ucraniano descreveu um quarto descoberto em Bucha como uma "câmara de tortura".

As imagens macabras de corpos espancados ou queimados deixados a céu aberto ou enterrados levaram a pedidos de sanções mais duras contra o Kremlin, especialmente o corte das importações de combustível da Rússia.

Vários países europeus, incluindo Portugal, reagiram com a expulsão de dezenas diplomatas russos, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Vladimir Putin deveria ser julgado por crimes de guerra.

Leia Também: Vítimas de Srebrenica acusam Rússia de negar genocídio

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