A Chanel proibiu a venda dos seus produtos a clientes russos, ou a pessoas que tenham intenções de utilizar os produtos no país.
A marca alega que está apenas a colaborar com as sanções impostas pela União Europeia, impedindo as pessoas de adquirirem bens de luxo da marca, no valor de mais de 300 euros.
Para além da Rússia, também algumas celebridades acusaram a marca de luxo de russofobia.
A influencer Anna Kalashnikova explicou que foi impedida de fazer compras numa loja da marca, no Dubai. "Como venho muitas vezes como anfitriã da Semana da Moda, os gerentes da Chanel reconheceram-me e disseram: 'Sabemos que és uma celebridade na Rússia'", começou por explicar num post no Instagram. "Nós sabemos que vais até lá e por isso não te podemos vender os nossos produtos", terão dito à influencer.
Segundo conta na publicação, também nos países do Ocidente estão a impedir as compras a individuais, pedindo a identificação e, em caso de existir um número russo, os produtos só são vendidos "caso a cliente garanta que não utilizará os produtos" na Rússia.
Também Liza Litvin, uma designer de interiores russa contou que a Chanel se recusou a vender-lhe uma mala no Dubai. "Eles não me venderam uma mala porque (atenção!) eu sou da Rússia", escreveu num post no Instagram.
Leia Também: "Estamos horrorizados, mas sem vontade de agir para deter a Putin"
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: AO MINUTO: Fábrica atacada; Bucha? "Perturbador", mas China pede "factos"