Turquia reitera proposta de retirada de civis de Mariupol por mar

O Governo da Turquia insistiu hoje na urgência de um cessar-fogo na cidade ucraniana de Mariupol, sitiada pelas tropas russas, reiterando a proposta para a retirada de civis por mar e a disponibilidade de navios turcos para a operação.

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Lusa
08/04/2022 10:17 ‧ 08/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Num contacto telefónico com o homólogo ucraniano, Oleksii Reznikov, o ministro de Defesa da Turquia, Hulusi Akar, referiu-se à "urgência de uma retirada segura por terra e por mar" de civis da cidade portuária de Mariupol, no leste da Ucrânia, segundo indicou um comunicado governamental turco.

A Turquia já tinha proposto o envio de navios para a retirada da população civil da cidade de Mariupol, severamente afetada pelos bombardeamentos da Rússia. 

A proposta sobre o uso de navios da Turquia foi apresentada a Moscovo e a Kiev.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Çavusoglu, disse na semana passada que se encontram 87 cidadãos turcos na Ucrânia, sendo que cerca de 30 estão na cidade portuária de Mariupol.

No passado sábado, as autoridades russas comunicaram que estão dispostas a garantir a entrada e saída de navios envolvidos na retirada a partir do porto de Berdyansk, perto de Mariupol, sob as normas do direito marítimo internacional.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A guerra matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: UE diz que é tempo de o Kremlin ouvir a voz das Nações Unidas

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