Para o Japão, a morte de muitos civis na Ucrânia é "absolutamente inaceitável" e as ações de Moscovo "constituem violações do direito internacional".
Por isso, "como resultado de uma avaliação abrangente feita pelo nosso país, pedimos a expulsão de oito diplomatas da embaixada da Rússia no Japão e funcionários da representação comercial da Federação Russa", anunciou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Hikariko Ono.
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Montenegro anunciou, na quinta-feira à noite, ter decidido expulsar quatro diplomatas russos, alegando que "violaram as normas diplomáticas".
Segundo o ministério de Montenegro, os diplomatas russos têm uma semana para deixar o país e juntarem-se a um outro diplomata russo expulso anteriormente, logo após o início da invasão russa da Ucrânia.
De acordo com o diário Pobjeda, que cita uma fonte governamental, os diplomatas têm ordem de expulsão por se terem envolvido em "atividades subversivas" e "terem cruzado uma linha vermelha".
Muitos países europeus, como França, Alemanha, Itália, Espanha, Eslovénia, Áustria, Grécia e Portugal, assim como os Estados Unidos, anunciaram nos últimos dias a expulsão de centenas de diplomatas e funcionários russos dos respetivos territórios na sequência da invasão da Ucrânia.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou, pelo menos, 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: "Sanções progressivas não vão funcionar". Discurso viral de eurodeputado