Japão e Montenegro na lista de países que expulsaram diplomatas russos

Mais dois países anunciaram a expulsão de diplomatas russos, tendo o Japão ordenado hoje a saída de oito representantes da Rússia como protesto pela morte de civis na Ucrânia e o Montenegro afastado quatro diplomatas acusados de atividades subversivas.

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Lusa
08/04/2022 10:49 ‧ 08/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Para o Japão, a morte de muitos civis na Ucrânia é "absolutamente inaceitável" e as ações de Moscovo "constituem violações do direito internacional".

Por isso, "como resultado de uma avaliação abrangente feita pelo nosso país, pedimos a expulsão de oito diplomatas da embaixada da Rússia no Japão e funcionários da representação comercial da Federação Russa", anunciou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Hikariko Ono.

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Montenegro anunciou, na quinta-feira à noite, ter decidido expulsar quatro diplomatas russos, alegando que "violaram as normas diplomáticas".

Segundo o ministério de Montenegro, os diplomatas russos têm uma semana para deixar o país e juntarem-se a um outro diplomata russo expulso anteriormente, logo após o início da invasão russa da Ucrânia.

De acordo com o diário Pobjeda, que cita uma fonte governamental, os diplomatas têm ordem de expulsão por se terem envolvido em "atividades subversivas" e "terem cruzado uma linha vermelha".

Muitos países europeus, como França, Alemanha, Itália, Espanha, Eslovénia, Áustria, Grécia e Portugal, assim como os Estados Unidos, anunciaram nos últimos dias a expulsão de centenas de diplomatas e funcionários russos dos respetivos territórios na sequência da invasão da Ucrânia.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou, pelo menos, 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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