As forças armadas russas estão, ainda assim, a recrutar soldados na região moldava de Transnístria, separada do resto do país pelo rio Dniester e autoproclamada independente, acrescenta a informação dos serviços secretos divulgada pela Defesa na sua conta oficial de Twitter.
Os países ocidentais estimam que entre 7.000 a 15.000 militares russos tenham morrido desde que começou a invasão ordenada pelo Kremlin, a 24 de fevereiro.
O ministério britânico sublinhou que a retirada das forças russas do norte da Ucrânia pôs em evidência o "desproporcionado" número de "não combatentes" mortos e frisou a existência de valas comuns e o uso de reféns como escudos humanos.
Alertou ainda que as tropas de Moscovo usam artefactos explosivos improvisados para aumentar o número de vítimas, "baixar a moral" dos ucranianos e restringir a sua liberdade de movimentos.
Os ataques contra infraestruturas representam também um elevado risco de danos colaterais para os civis, destacou o Reino Unido, que constatou uma ação que destruiu um tanque de ácido nítrico na cidade de Rubizhne, na região oriental de Lugansk.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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