O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se ao Parlamento sul-coreano, esta segunda-feira, tendo afirmado que as forças russas tinham destruído 938 estabelecimentos de ensino e quase 300 hospitais desde o início da guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, noticia a Sky News.
O chefe de Estado disse ainda que as tropas do Kremlin tinham destruído áreas residenciais e cidades "conscientemente", com recurso aos seus tanques e artilharia.
Perante o Parlamento da Coreia do Sul, Zelensky assegurou ainda que os ocupantes russos tinham enviado "milhares de soldados" e "números colossais de equipamento" para o país, numa tentativa de "preparar novos ataques".
O líder da Ucrânia explicou ainda que as equipas de emergência localizadas no norte do país continuavam a trabalhar nos escombros após os bombardeamentos russos - embora uma parte da região, justifica, continue a ser um "campo de batalha ativo".
Num momento diplomático em que voltou a apelar ao apoio internacional, o chefe de Estado da Ucrânia disse ainda que dezenas de milhares de pessoas terão provavelmente sido mortas na sequência dos ataques russos a Mariupol, reporta a Reuters.
"Mariupol foi destruída, há dezenas de milhares de mortos, mas mesmo apesar disso, os russos não estão a parar a sua ofensiva", referiu Zelensky, que acrescentou ainda que o país que lidera precisa "de mais ajuda" se quiser sobreviver à guerra.
De acordo com a agência, o presidente da Ucrânia voltou a apontar que a Rússia é uma "ameaça" para toda a Europa, e não apenas para a Ucrânia - e que o exército do Kremlin apenas irá parar com a ofensiva militar quando for obrigado a tal.
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