"A sobrevivência do LR e a sobrevivência da direita republicana estão em jogo" disse, numa breve declaração à imprensa, a candidata deste partido às eleições presidenciais, Valérie Pécresse.
Com 97% dos votos contados, Os Republicanos (LR, na sigla em francês) de Pécresse obtiveram apenas 4,79% dos votos, um resultado historicamente baixo para esta formação política, que em 2017, com François Fillon como candidato, tinha alcançado 20,01%.
A lei francesa prevê um reembolso muito limitado das despesas de campanha para um partido que obtenha menos de 5% dos votos, daí o apelo de Valérie Pécresse.
"Je suis endettée personnellement à hauteur de 5 millions d'euros"
— BFMTV (@BFMTV) April 11, 2022
Valérie Pécresse lance un appel d'urgence aux dons pour rembourser sa campagne pic.twitter.com/rdNrv28Ci5
"A situação financeira é crítica", admitiu a candidata do LR, antes de acrescentar que assumiu pessoalmente "uma dívida de cinco milhões" de euros e sublinhar que precisa "urgentemente da ajuda" dos militantes do partido.
Pécresse era a candidata mais rica dos doze que concorreram à eleição presidencial, com um património de 10 milhões de euros, segundo a Autoridade para a Transparência da Vida Pública.
O Presidente francês cessante, Emmanuel Macron, obteve 27,60% dos votos na primeira volta das eleições presidenciais em França, segundo o Ministério do Interior e quando estão contados 97% dos sufrágios.
Com estes resultados passa à segunda volta, no próximo dia 24, que vai disputar com a candidata da União Nacional (extrema-direita), Marine Le Pen, que conseguiu 23,41% dos votos.
O candidato da França Insubmissa (LFI), partido da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, conseguiu o terceiro lugar com 21,95% dos votos, seguido de Éric Zemmour (direita radical), com 7,05% dos votos, e só no quinto lugar surgem Os Republicanos, de Valérie Pécresse, com 4,79% dos votos.
Leia Também: Resultados definitivos. Macron venceu Le Pen em 1.ª volta renhida