Bruxelas destina 9 milhões para assistência de saúde mental a refugiados
A Comissão Europeia anunciou hoje a mobilização de nove milhões de euros para apoiar as pessoas que fogem da guerra da Ucrânia com necessidades urgentes de saúde mental e serviços de apoio a traumas.
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Mundo Guerra na Ucrânia
O executivo comunitário explica que a verba provém do Programa «EU4Health» - criado no quadro da pandemia da covid-19 para fortalecer os sistemas de saúde na UE -- e aponta que "este financiamento adicional permitirá à Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e às organizações não-governamentais apoiar os profissionais de saúde a realizarem o seu trabalho".
Segundo a Comissão, este apoio financeiro também permitirá a prestação de "serviços de saúde mental sob a forma de primeiros socorros psicológicos, triagem, apoio a traumas psicológicos e aconselhamento a refugiados nas suas próprias línguas".
"A agressão brutal da Rússia na Ucrânia pôs a nu os horrores e as cicatrizes da guerra. Forçou milhões de pessoas inocentes, muitas delas crianças e vulneráveis, a fugir dos únicos lares, vidas e meios de subsistência que alguma vez conheceram rumo a um caminho de incerteza. Temos de oferecer apoio mental e psicológico essencial a todos aqueles que dele necessitam", comentou a comissária europeia da Saúde.
"Com este financiamento adicional, asseguraremos que esta assistência seja rapidamente prestada no terreno com a ajuda das nossas organizações parceiras. É também um exemplo tangível do nosso empenho em apoiar os refugiados ucranianos à medida que estes começam a reconstruir as suas vidas", completou Stella Kyriakides.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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