Em simultâneo, Kyiv também confirmou a libertação de 30 prisioneiros ucranianos (militares e civis), numa nova troca com a Rússia de detidos em combate, cinco dias após a libertação de 12 soldados e 14 civis ucranianos.
Ivan Pepeliachko e Aleksiï Chij, dois pilotos da Força Aérea ucraniana, "estão em segurança e a receber todos os cuidados médicos necessários", anunciou o Ministério da Defesa ucraniano em comunicado publicado na rede social Telegram.
Os dois pilotos "foram capturados em 08 de março perto da localidade de Novaia Basan", 80 quilómetros a leste de Kyiv, precisou o ministério no comunicado.
"O seu local de detenção foi alterado por diversas vezes. Finalmente foram conduzidos para um centro de detenção provisório na cidade de Kursk", a 100 quilómetros da fronteira russo-ucraniana, e a nordeste de cidade ucraniana de Sumy, acrescentou a mesma fonte.
"Encontravam-se numa cela com outros oito oficiais ucranianos", precisou o texto.
Segundo um dos dois pilotos, citado no comunicado, o exército russo "forçou-os a participar em vídeos de propaganda".
"Se recusássemos, os russos ameaçavam interromper os tratamentos aos camaradas", disse.
Na tarde de terça-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs "trocar" o empresário ucraniano Viktor Medvedchuk, um reconhecido aliado do Presidente Vladimir Putin que foi detido numa "operação especial" conduzida pelos serviços de segurança da Ucrânia, por ucranianos detidos na Rússia, uma proposta recusada na quarta-feira por Moscovo.
Ainda através de uma mensagem na rede social Telegram, a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Verechtchuk, anunciou hoje a libertação de diversos soldados e civis ucranianos.
"Sob ordem do Presidente Volodymyr Zelensky, ocorreu hoje uma quarta troca de prisioneiros. Cinco oficiais e 17 militares foram trocados, e ainda oito civis, incluindo uma mulher", descreveu.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 50.º dia, provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar, mas que diversas fontes admitem que será consideravelmente elevado.
O conflito também levou à fuga de quase 12 milhões de pessoas, incluindo 4,6 milhões para países vizinhos.
A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kyiv.
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