O advogado Gokmen Baspinar, em representação de Cengiz, interpôs um recurso contra a decisão do tribunal de Istambul de encerrar o caso de homicídio, anunciada na passada quinta-feira e com consentimento do Ministério da Justiça turco, indicou a agência noticiosa estatal Anadolu.
A procuradoria argumentou que todos os suspeitos se encontram no estrangeiro e não é possível detê-los.
No seu recurso, Cengiz argumenta que a ausência de colaboração demonstrada até ao momento por Riade pressupõe que a Arábia Saudita não está interessada em prosseguir a investigação.
Um tribunal de Istambul estava a julgar à revelia 26 cidadãos sauditas, acusados de terem assassinado e feito desaparecer o corpo de Khashoggi, um jornalista muito crítico do regime de Riade e do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.
Após ter negado de início qualquer envolvimento, a Arábia Saudita julgou alguns dos envolvidos no caso e em setembro condenou oito acusados, cinco à pena de morte, de imediato comutada em 20 anos de prisão.
Pelo facto de os nomes dos acusados não terem sido revelados, diversas instâncias internacionais consideraram este julgamento uma "farsa", com a justiça turca a prosseguir as suas investigações até decidir a transferência do caso e arquivar o processo.
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