Alexey Navalny pede que o Ocidente lance uma campanha contra Putin

Em 31 posts na rede social Twitter, o opositor russo disse que "a verdade e a informação gratuita atingem o regime insano de Putin tão duramente como dardos".

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Beatriz Cavaca
14/04/2022 19:09 ‧ 14/04/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Ucrânia/Rússia

Recorrendo ao Twitter, esta quinta-feira, o opositor de Putin, Alexey Navalny, que está a cumprir uma pena de nove anos numa prisão russa depois de ser condenado por fraude, pediu que o Ocidente lance uma campanha anti-Putin nas redes sociais, que segundo ele "mais de 85% dos adultos russos ainda usam".

Em 31 posts na rede social, disse que "a verdade e a informação gratuita atingem o regime insano de Putin tão duramente como dardos". E afirmou que o Kremlin mentiu ao afirmar que há um amplo apoio público na Rússia para a guerra.

"Que tipo de sociologia existe para falar quando à pergunta 'Apoia a guerra na Ucrânia?', a resposta 'não' pode resultar em 15 anos de prisão para o sociólogo e o entrevistado, respectivamente?", questionou o político.

Navalny garante que "mais de 85% dos adultos russos ainda usam YouTube, Instagram, WhatsApp, Google e Facebook (Meta) todos os dias". E, por isso, pede aos líderes e instituições ocidentais, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a União Europeia, "que encontrem urgentemente uma solução para esmagar a propaganda de Putin usando o poder publicitário das redes sociais". 

“Precisamos de anúncios. Muitos anúncios”, escreveu Navalny. “Uma grande campanha nacional antiguerra que começará com uma campanha publicitária. Duzentos milhões de impressões por dia para alcançar cada usuário da internet russo duas vezes. Histórias, publicações e prerolls" é o que pede Navalny ao Ocidente.

Diz ainda que esta campanha devia ser lançada sobre "toda a Rússia , em cidades e aldeias. Em cada tablet e em cada telefone”. Isto porque, no seu entender, “a Paz deve vencer. Não podemos permitir nenhum outro resultado".

Leia Também: 'Butcher' e Bucha. Como a Rússia fala sobre as acusações de um "massacre"

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