"O que temos visto em Bucha e Kramatorsk e que infelizmente veremos noutros locais é terrível, aterrador e teremos de trazer os responsáveis à justiça internacional", apontou o chefe da diplomacia italiana numa entrevista à emissora pública de rádio Rai1, citada pela agência Efe.
"Através da União Europeia, iremos fornecer todas as provas à nossa disposição para verificar se houve crimes de guerra na Ucrânia, para verificar todos os responsáveis", acrescentou.
Já quanto a um diálogo diplomático para se alcançar a paz, o governante insistiu na necessidade de se continuar com os corredores humanitários, embora sublinhe que o Presidente russo, Vladimir Putin, "não expressa intenções de paz e, por esta razão, é necessário manter o processo de sanções contra a Rússia".
Sobre o alargamento da NATO aos países bálticos, Di Maio considerou que outros países próximos da Rússia "veem o que se está a passar na Ucrânia como uma ameaça contra si próprios".
"Países como a Finlândia e a Suécia estão muito próximos das tropas russas e agora há cidadãos que pedem ao seu Governo para aderir à NATO porque a NATO é uma aliança defensiva", disse.
Di Maio expressou ainda vontade numa trégua durante a Páscoa ortodoxa, que se inicia na próxima semana, apontando que "é a única forma de retirar civis do leste da Ucrânia, onde os combates se intensificam, de esvaziar orfanatos e de afastar as crianças das bombas russas".
O ministro congratulou-se ainda com a capacidade de acolhimento de Itália, que nos últimos dias recebeu mais de 90.000 refugiados ucranianos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra com um balanço de vítimas ainda por determinar.
O conflito, que entrou hoje no 51.º dia, levou mais de 4,7 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.
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