EUA "profundamente preocupados" com confrontos em Jerusalém
Os Estados Unidos da América (EUA) afirmaram hoje estar "profundamente preocupados" com os confrontos ocorridos horas antes na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, entre a polícia israelita e palestinianos, que fizeram mais de 150 feridos.
© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images
Mundo Esplanada das Mesquitas
"Pedimos a todas as partes que exerçam moderação, evitem provocações por palavras ou atos e preservem o 'status quo' histórico da Esplanada das Mesquitas/Monte do Templo", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, num comunicado.
Na nota, a diplomacia norte-americana instou os líderes israelitas e palestinianos a trabalharem em conjunto para reduzir as tensões.
O Departamento de Estado acrescentou ainda que está a acompanhar a situação e que está em contacto com autoridades israelitas e palestinianas de "alto nível" para tentar evitar uma nova escalada da violência.
Confrontos entre manifestantes palestinianos e polícias israelitas esta manhã na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, provocaram ferimentos em pelos menos 153 civis palestinianos e três polícias israelitas, segundo as equipas de socorro.
Estes incidentes na Cidade Velha de Jerusalém Oriental -- um setor palestiniano ocupado desde 1967 por Israel -- coincidiram com a segunda sexta-feira do mês sagrado muçulmano do Ramadão.
De acordo com o Crescente Vermelho, organização federada com a Cruz Vermelha Internacional, o número de feridos corresponde aos que tiveram de ser transferidos para hospitais ou clínicas próximas para cuidados médicos.
A mesma fonte acrescentou que os ferimentos foram o resultado de balas de borracha, explosões de granadas atordoantes e espancamentos pelas forças de segurança.
O Governo israelita disse que os confrontos começaram quando dezenas de homens encapuzados, com bandeiras palestinianas e do movimento de resistência islâmica Hamas, no poder na Faixa de Gaza, entraram na esplanada com pedras, "forçando a polícia a entrar no local para dispersar a multidão e remover as pedras".
A polícia israelita relatou a detenção de "centenas de desordeiros" e acrescentou que três dos seus agentes ficaram feridos ao serem atingidos por pedras lançadas por manifestantes.
A violência em Jerusalém surgiu na sequência de uma série de ataques em Israel e de operações israelitas na Cisjordânia, outro território ocupado desde 1967 pelo Estado judaico.
Desde 22 de março, Israel foi atingido por quatro ataques, os dois primeiros por árabes israelitas ligados ao grupo extremista Estado Islâmico e os outros dois por palestinianos da região de Jenin, na Cisjordânia, que provocaram 14 mortos.
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