Durante a conversa, que durou cerca de 45 minutos e que ocorreu por iniciativa de Austin, Wei também pediu "o fim das provocações marítimas dos EUA", de acordo com um relato do Governo norte-americano.
O ministro da Defesa chinês sublinhou que "Taiwan é uma parte inalienável da China" e avisou Austin de que o uso incorreto da questão de Taiwan "terá um impacto negativo nas relações" entre a China e os EUA.
Wei também assegurou que ambos os países devem "respeitar-se, coexistir pacificamente e evitar confrontos", declarando que a Chinan "espera estabelecer uma relação saudável e estável" com os EUA, pedindo que os exércitos chinês e norte-americano "melhorem a confiança mútua".
Pelo seu lado, Austin explicou que os Estados Unidos estão dispostos a promover a implementação do consenso alcançado pelos dois chefes de Estado, Xi Jinping e Joe Biden, durante uma reunião por videoconferência realizada em novembro passado.
Durante o telefonema de hoje, Austin repetiu as mensagens de Biden sobre a importância de gerir a concorrência estratégica EUA-China, nomeadamente nas áreas nuclear, espacial e cibernética.
Desde o início do conflito na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, por um lado insistindo na ideia de "respeito pela integridade territorial de todos os países" e, por outro, na necessidade de ser dada atenção à "legítima exigência de segurança" por parte da Rússia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China acusa os Estados Unidos de procurarem "aumentar tensões e criar pânico", ao entregar armas a Kiev e impor sanções à Rússia, ao mesmo tempo que Washington ameaça Pequim com sanções se insistir em ajudar Moscovo a contornar as sanções impostas pelos países ocidentais.
Diplomatas e representantes chineses rejeitam qualquer comparação entre a guerra na Ucrânia e a situação em Taiwan, uma ilha cuja soberania é reivindicada por Pequim, ao mesmo tempo que consideram uma provocação a passagem de navios de guerra dos EUA pelo Estreito de Taiwan.
A ilha é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, sobretudo porque Washington é o principal fornecedor de armas a Taiwan, sendo o seu maior aliado militar no caso de uma guerra com a China.
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