"Ucranianos não pensam em conforto. Pensam em mera sobrevivência"
O autarca de Melitopol alertou que o conflito na Ucrânia é “uma guerra em grande escala, não apenas contra a Ucrânia, mas contra o mundo civilizado”.
© Thierry Monasse/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O autarca de Melitopol, Ivan Fedorov, defendeu esta quarta-feira que os cidadãos ucranianos atualmente “não pensam em conforto”, mas sim “em mera sobrevivência”.
“Os ucranianos não pensam em conforto. Pensam em mera sobrevivência”, frisou, numa intervenção na comissão de desenvolvimento do Parlamento Europeu, que teve como objetivo abordar as consequências humanitárias da invasão russa.
No seu discurso, o autarca alertou que o conflito na Ucrânia é “uma guerra em grande escala, não apenas contra a Ucrânia, mas contra o mundo civilizado”. “[Vladimir] Putin não é normal. Pode ser difícil de acreditar agora, mas se não vencermos esta guerra, a Federação Russa virará a guerra para a União Europeia”, afirmou.
Ivan Fedorov, Mayor of Melitopol, at @EP_ForeignAff Committee:
— UKR Mission to the EU (@UA_EUMission) April 20, 2022
️Ukraine & my city made our 🇪🇺choice before Putin unleashed full fledged war against 🇺🇦
️We shall unite for our common victory, otherwise the war will come to EU countries
️With your help we will win for sure pic.twitter.com/J6uUauy8qD
Ivan Fedorov foi detido pelas forças russas durante seis dias no passado mês de março, quando a cidade de Melitopol ficou sob controlo das tropas russas. Acabou por ser libertado como parte de um acordo de troca de prisioneiros.
No sábado, em entrevista à agência de notícias Reuters, Fedorov descreveu os seis dias que esteve em cativeiro como “perigosos” porque entendeu que, “para os russos”, a sua “vida e a vida dos civis valiam zero”.
“Eles vieram até mim à noite com cinco ou sete soldados e conversaram cerca de quatro ou cinco horas, um diálogo difícil. Queriam fazer de mim um exemplo sobre o que aconteceria se não concordássemos com o que os russos queriam", contou.
Assinala-se, esta quarta-feira, o 56º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.072 civis morreram e 2.818 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.
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