Le Pen assume derrota. "Franceses exprimiram a vontade de um contrapoder"
Primeiras projeções dão a vitória a Emmanuel Macron com 58,2% dos votos.
© REUTERS/Darrin Zammit Lupi
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Marine Le Pen, "sem ressentimento e sem rancor", concedeu derrota frente a Emmanuel Macron, depois das primeiras projeções terem dado a vitória ao atual presidente com 58,2% dos votos e considerou que os seus 43% representam "uma vitória esmagadora".
Num discurso na sua sede de campanha, no Pavilhão d'Armenonville em Paris, pouco depois de serem conhecidas as projeções, a candidata da extrema-direita, considerou que os franceses que votaram nela escolheram "o campo nacional e da mudança".
"Um grande vento de liberdade poderia ter-se levantado sobre o país. A escolha das urnas, que respeito, decidiu de outra maneira", lamentou.
É a segunda vez que Le Pen perde para o presidente, do partido liberal La République En Marche!: em 2017, Macron venceu confortavelmente.
Ainda assim, a candidata considerou ser uma "vitória" a subida nas percentagens, de 33,9% em 2017 para cerca de 41%, e, nestas primeiras palavras, não mostrou vontade em abandonar o objetivo de chegar à liderança de França.
Le Pen admitiu a derrota, mas não deixou de criticar Macron e de vincar que a situação económica em França não irá melhorar com o presidente ao leme, cujo projeto acusou de ser "divisivo" para o país.
"Estamos mais determinados do que nunca, e a nossa vontade de defender os franceses continua reforçada. Hoje, não tenho qualquer ressentimento nem rancor. Já fomos enterrados mil vezes e a história provou, mil vezes, que aqueles que previam ou esperavam pelo nosso desaparecimento estavam errados", referiu a candidata.
"Os franceses exprimiram a vontade de um contrapoder forte ao poder de Emmanuel Macron", concluiu.
A líder do Rassemblement National já está a olhar em frente e a apontar baterias para as legislativas, que se realizarão no dia 12 de junho de 2022. "Esta França que foi muito esquecida, nós não a esqueceremos", afirmou.
Com a vitória deste domingo, Emmanuel Macron torna-se o primeiro presidente desde Jacques Chirac, em 2002, a ser reeleito para o Eliseu, já que Nicolas Sarkozy e François Hollande falharam o objetivo de um segundo mandato, em 2012 e 2017 respetivamente.
[Notícia atualizada às 20h18]
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