"Os americanos estão em Kiev hoje [domingo]. Eles estão a conversar com o presidente agora", disse um assessor de Zelensky, Oleksiï Aresovitch, num vídeo publicado na plataforma YouTube.
Aresovitch reiterou a expectativa de que a visita possa terminar com o anúncio do envio para a Ucrânia de mais "armas ofensivas".
"Enquanto não pudermos contra-atacar, haverá uma nova Busha todos os dias", acrescentou o assessor, referindo-se a uma cidade, nos subúrbios de Kiev, onde já foram encontrados 412 corpos de alegadas vítimas de atrocidades por parte de tropas russas.
A visita de Blinken e Austin é a primeira de altos responsáveis políticos dos EUA desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, e surge depois de vários líderes europeus terem viajado para Kiev nas últimas semanas.
Zelensky tinha avisado os dois secretários norte-americanos que não podiam vir "de mãos vazias". "Estamos à espera de coisas específicas e de armas específicas", disse o Presidente ucraniano, citado pela Associated Press.
O Presidente ucraniano tinha anunciado a visita numa conferência de imprensa no metro de Kiev no sábado, mas a Casa Branca não confirmou a informação.
Ao visitar a Polónia em março, Blinken entrou por breves instantes em território ucraniano, encontrando-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.
O último encontro pessoal do Presidente ucraniano com um alto responsável dos Estados Unidos foi com a vice-presidente Kamala Harris, no dia 19 de fevereiro, antes da invasão, em Munique, na Alemanha.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais quase 5,2 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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