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AO MINUTO: Lavrov diz que guerra foi "catalisador"; Alemanha envia armas

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.

AO MINUTO: Lavrov diz que guerra foi "catalisador"; Alemanha envia armas

Depois de um fim-de-semana de Páscoa ortodoxa marcado por ataques pelas forças russas no Donbass e em Odessa, esta terça-feira começa com as notícias de que os russos tomaram mais uma cidade, Kreminna, na região de Lugansk.

Hoje ocorrerá também a aguardada visita de António Guterres a Moscovo - a Ucrânia tem criticado a decisão do secretário-geral das Nações Unidas em visitar a capital russa antes de Kyiv, mas o português não mudou de planos.

Também na Rússia, uma série de incêndios em depósitos de combustível, nomeadamente na cidade fronteiriça de Bryansk, foram desvalorizados pela Ucrânia, que alegou desconhecer a origem dos fogos, mas admitiu a hipótese de se iniciarem ataques de guerrilha, em resposta à invasão russa.

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:

15h00 - Boa tarde. Terminamos por aqui a nossa cobertura AO MINUTO sobre a invasão na Ucrânia. Pode continuar a acompanhar as primeiras notícias até ao final do dia aqui.

14h57 - UE alerta para perigo de nova catástrofe nuclear

A União Europeia (UE) alertou hoje para o perigo de uma nova catástrofe nuclear na Ucrânia devido à ofensiva russa e apelou a Moscovo para se abster de qualquer ação contra as instalações nucleares ucranianas.

14h37 - EUA dispostos a "mover céus e terra" para fortalecer defesa ucraniana

Os Estados Unidos estão determinados a "mover céus e terra" para ajudar a Ucrânia a vencer a Rússia, assegurou hoje o secretário da Defesa norte-americano perante representantes de países aliados reunidos na Alemanha para reforçar a defesa ucraniana.

"A Ucrânia acredita claramente que pode vencer e todos aqui também", disse Lloyd Austin, na abertura da reunião convocada por Washington, na base aérea dos Estados Unidos em Ramstein, no oeste da Alemanha.

14h29 - Guterres pede investigação independente a possíveis crimes de guerra

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu hoje uma investigação independente sobre "possíveis crimes de guerra" na Ucrânia, e sugeriu que Moscovo e Kyiv trabalhem com a ONU para permitir a abertura de corredores humanitários.

14h02 - Ocupação russa de Chernobyl foi "muito, muito perigosa"

A ocupação da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, pelo exército russo, entre 24 de fevereiro e final de março, foi "muito, muito perigosa", denunciou hoje o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em visita ao local.

Esta terça-feira, fora do contexto da guerra na Ucrânia, também se comemora o 36.º aniversário do desastre nuclear em Chernobyl. Pode ver aqui o resumo de um dos dias mais marcantes da história moderna.

13h55 - Transnístria anuncia "terceiro atentado" no enclave separatista

O Conselho de Segurança da república separatista pró-russa da Transnístria, entre a Moldova e a Ucrânia, disse que se registou hoje um "terceiro atentado" no território separatista, em menos de 24 horas. O ataque, segundo o Conselho de Segurança, visou uma unidade militar em Parcani, perto de Tiraspol, a capital da região separatista.

A Rússia afirmou que está a acompanhar de perto a situação na região separatista da Transnístria, de maioria russófona, acrescentando que as informações sobre ataques nessa zona "causam preocupação".

13h35 - "Ninguém quer ver uma III Guerra Mundial irromper", diz China

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, alertou ontem que o “perigo” de uma nova guerra mundial é “sério” e “real”. O porta-voz do seu homólogo chinês, Wang Wenbin, referiu que a China mantém a “esperança” de que a Rússia e a Ucrânia “mantenham a calma”.

13h22 - PSD propõe visita de deputados portugueses ao parlamento ucraniano

O PSD propôs hoje que seja constituída uma delegação de deputados da Assembleia da República para visitarem o parlamento ucraniano, com o objetivo de "aprofundar o apoio" a este país.

13h12 - Lavrov responde e diz que guerra é "alerta perigoso para as Nações Unidas"

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, ao lado de António Guterres, reiterou a teoria de "operação" especial militar e disse estar a trabalhar com a ONU em assuntos humanitários, tendo já "enviado cinco comboios" com apoio para os cidadãos ucranianos. 

Na conferência de imprensa, Sergei Lavrov disse que o secretário-geral da ONU tinha sido "muito bem informado" sobre os objetivos da "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia. 

Num sinal potencial de algum movimento positivo, disse que tinham discutido possíveis medidas para "reforçar a cooperação" em matéria de ajuda humanitária. Disse que o conflito era um "alerta perigoso para as Nações Unidas", acusando-o de tentar "riscar as regras básicas da Carta das Nações Unidas".

13h05 - Guterres diz que está em Moscovo "como mensageiro da paz"

O secretário-geral das Nações Unidas já falou após o seu encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov. Aos jornalistas presentes, António Guterres assegurou que foi a Moscovo "como mensageiro da paz". "Os meus objetivos e a minha agenda é estritamente salvar vidas e reduzir o sofrimento", disse.

Guterres admitiu que teve "uma discussão muito amigável com o ministro Lavrov”, apesar das "posições diferentes sobre o que se passa na Ucrânia".

"De acordo com a Federação Russa, o que está a acontecer é uma operação militar especial com os objetivos que foram anunciados. De acordo com a ONU, em linha com as resoluções aprovadas pela Assembleia Geral, a invasão da Ucrânia pela Rússia é uma violação da integridade territorial e contra a Carta das Nações Unidas”, explicou, lado a lado com Lavrov.

Pode ver a transmissão da conferência de imprensa pelo Deutsche Welle aqui.

12h39 - Número de refugiados pode chegar aos 8,3 milhões, ONU pede ajuda

O número de refugiados da Ucrânia pode chegar aos 8,3 milhões até ao final deste ano, avisou hoje a ONU, reforçando o apelo de ajuda humanitária aos civis que ainda se encontram no país.

11h35 - Londres acusa Moscovo de decisões militares "insensatas"

O governo britânico disse hoje que a Rússia está a tomar decisões militares "insensatas", o que atribuiu à pretensão do Presidente Vladimir Putin de mostrar resultados vitoriosos na Ucrânia até 09 de maio, data da capitulação da Alemanha nazi.

11h26 - EUA. "Invasão e atrocidades russas" na Ucrânia são "indefensáveis"

O secretário de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Lloyd Austin, voltou esta terça-feira a criticar a invasão russa da Ucrânia. Numa conferência de imprensa, na base aérea alemã de Ramstein, onde representantes oficiais de 40 países estão reunidos para analisar o armamento da Ucrânia, Austin sublinhou que a “invasão” e as “atrocidades” cometidas por tropas russas são “indefensáveis”

12h16 - Rússia expulsa diplomatas suecos

A Rússia expulsou três diplomatas suecos esta terça-feira, anunciou o ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela Reuters. A decisão surge como resposta à expulsão de diplomatas russos de Estocolmo, no início de abril, depois de serem conhecidos os massacres nos arredores de Kyiv.

12h01 - Kyiv diz que Rússia é "o país dos falsos" por mentir sobre Mariupol

O conselheiro de Volodymyr Zelensky e diplomata Mykhailo Podolyak, voltou a atacar a Rússia através do Twitter esta terça-feira, criticando a propaganda russa por mentirar sobre uma alegada tomada de Mariupol - numa altura em que o complexo industrial de Azovstal continua a ser defendida.

"A verdade é que Azovstal é um quinto de Mariupol. Ou 22 'Vaticanos' ou três Central Parks em Nova Iorque. Tomaram mesmo a cidade? O país dos falsos", afirmou Podolyak.

11h49 - Tropas russas lançam dois mísseis em Zaporizhzhia. Há um morto

As tropas russas atacaram, esta segunda-feira, a cidade ucraniana de Zaporizhzhia com dois mísseis, de acordo com a administração militar regional. Pelo menos uma pessoa morreu e outra ficou ferida após um dos mísseis ter atingido uma zona industrial. 

11h25 - HRW pede a Guterres que dê prioridade à situação dos civis em Mariupol

A organização Human Rights Watch (HRW) defendeu que o secretário-geral da ONU, António Guterres, que estará hoje em Moscovo e na quinta-feira em Kiev, deve dar prioridade à situação dos civis na cidade ucraniana de Mariupol.

11h18 - Guterres já está em Moscovo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já está em Moscovo, reunido com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov. O português deslocou-se à Rússia com o objetivo de atingir um acordo para a paz na Ucrânia, mas a decisão de ir a Moscovo antes de ir a Kyiv mereceu muitas críticas por parte do governo ucraniano.

11h11 - Alemanha cede à pressão internacional e vai enviar armas à Ucrânia

Depois de muita pressão por parte da comunidade internacional, da Ucrânia e mesmo por membros do próprio governo, o chanceler alemão, Olaf Scholz, aceitou (finalmente) enviar tanques às forças armadas ucranianas. A decisão surgiu no contexto das conversas sobre apoio militar à Ucrânia na base norte-americana de Ramstein, na Alemanha, que junta esta terça-feira os líderes militares de 40 países.

Esta manhã, a ministra da Defesa, Christine Lambrecht, confirmou a decisão, afirmando que, "perante a guerra e a agressão brutal", a Alemanha afasta-se "da política de contenção sobre a exportação de armas para zonas de conflito, sobretudo para ajudar a Ucrânia".

10h37 - Presidente da Moldova reúne Conselho de Supremo de Segurança

A Presidente da Moldova convocou hoje o seu Conselho Supremo de Segurança após uma série de explosões ocorridas na região separatista pró-russa da Transnístria, levantando temores do conflito na Ucrânia chegar ao país, anunciou a Presidência.

10h14 - Reino Unido abre inquérito a alegado ataque informático russo ao exército

O Governo britânico abriu uma investigação sobre um alegado ataque de pirataria informática que poderá ter dado acesso à identidade de cerca de 100 potenciais recrutas do exército britânico, possivelmente para benefício da Rússia.

10h11 - Namorada de Putin ainda sem sanções. É o limite que ninguém quer passar

Nos vários pacotes de sanções que os Estados Unidos já impuseram à Rússia - na sequência da guerra na Ucrânia, inúmeras figuras próximas de Putin foram visadas - até as filhas mais velhas estão incluídas. De fora, até agora, tem ficado a namorada de longa data de Vladimir Putin, a ex-ginasta olímpica Alina Kabaeva.

10h05 - Rússia alega ter matado 500 tropas ucranianas durante a noite

Ministério da Defesa russo anunciou que a sua aviação matou cerca de 500 soldados ucranianos em 87 ataques aéreos durante a noite, com a grande maioria das áreas mencionadas localizadas no Donbass.

9h59 - Ucrânia denuncia bloqueio em Azovstal e reforço russo em Bryansk e Belgorod

As Forças Armadas ucranianas afirmaram esta manhã que a Rússia continua a bloquear a saída dos soldados do batalhão de Azov, a força de extrema-direita a lutar do lado ucraniano, da fábrica Azovstal.

O complexo industrial é o último reduto das forças ucranianas em Mariupol, à medida que os russos apertam o cerco à importante cidade portuária no sul do país.

Já a norte da Ucrânia, na fronteira do lado russo, os ucranianos afirmam que "não há sinais do inimigo russo formar um grupo de ataque para resumir operações ofensivas", mas acrescentou que em Bryansk, Kursk e Belgorod, foram "reforçados os pontos de entrada e a proteção da fronteira", depois dos incêndios da noite anterior.

9h31 - "Temos uma guerra que nunca teria acontecido se eu fosse presidente"

Donald Trump afirmou, na segunda-feira, que a guerra na Ucrânia “nunca teria acontecido” se ainda fosse presidente dos Estados Unidos da América (EUA) - cargo que exerceu entre 2017 e 2021 - e revelou que ameaçou o presidente russo, Vladimir Putin, “como ele nunca foi ameaçado antes”.

9h15 - Kuleba critica PCP. "Depois de Bucha, como podem chamar-nos extremistas?"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou, em entrevista ao Diário de Notícias, que acredita ser "altura de todos esses políticos que, por conta da Rússia, espalham a informação sobre a Ucrânia radical e extremista, aceitarem simplesmente que estão na folha de pagamento de violadores, assassinos e torturadores".

O governante ucraniano foi questionado acerca da recusa do PCP em marcar presença na sessão solene, no Parlamento, que contou com a intervenção do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

9h08 - Recolher obrigatório em Kyiv até à madrugada de sábado

A administração militar regional de Kyiv anunciou um recolher obrigatório para a capital ucraniano, entre as 22h00 e as 5h00. A medida já entrou em vigor e durará até sábado. Citadas pela Sky News, as autoridades ucranianas disseram que a decisão surge após as "ações provocatórias" da Rússia, nomeadamente devido à alegada presença de sabotadores em Kyiv com o objetivo de assassinar o presidente, Volodymyr Zelensky.

8h58 - Num lado do mundo, o Twitter, do outro, a guerra. "Abismo civilizacional"

O conselheiro de Volodymyr Zelensky e diplomata Mykhailo Podolyak juntou-se ao coro de críticas às recentes declarações da diplomacia russa, no que diz respeito à guerra na Ucrânia, mas juntou-lhes um tom acusatório contra o empresário norte-americano Elon Musk.

8h35 - Duas antenas de rádio danificadas na Transnístria

As tensões intensificam-se na região da Transnístria, ocupada pela Rússia mas parte do território da República da Moldova (Moldávia), onde duas antenas de rádio foram danificadas por explosões na vila de Maiac na madrugada desta terça-feira. Segundo contaram as autoridades locais à Reuters, não houve feridos.

As fronteiras da região da Transnístria, cuja ocupação não é reconhecida internacionalmente (à semelhança da presença russa na Ossétia do Sul ou na Crimeia), estão muito perto da cidade portuária de Odessa e do sul da Ucrânia, sendo que uma tomada da cidade permitira aos russos estabelecer uma fronteira terrestre com aquela região moldava.

8h19 - Russos controlam câmara de Kherson e substituem guardas

A agência de notícias estatal ucraniana, citada pela Sky News, avança que as tropas russas entraram na câmara municipal da cidade tomada de Kherson e substituíram os guardas no local.

A notícia surge numa altura em que os russos planeiam um referendo na cidade - o Reino Unido avisou que o sufrágio seria seria manipulado, à semelhança do que aconteceu na Crimeia, para legitimar a tomada de um importante centro portuário no sul da Ucrânia.

8h05 - Itália vai limitar ar condicionado para reduzir dependência da Rússia

"Preferimos a paz ou o ar condicionado ligado todo o verão?", disse Mario Draghi logo após a invasão russa na Ucrânia. A ideia ficou no ar, mas a decisão está mesmo tomada. 

A partir do próximo mês a ideia é que os ares condicionados em Itália não baixem dos 25 graus celsius. No Inverno, o limite de aquecimento não pode ser superior a 21ºC.

7h50 - Kuleba diz que Rússia "sente a derrota na Ucrânia"

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, desvalorizou na segunda-feira os comentários do homólogo russo sobre o "perigo real" de uma terceira guerra mundial. Através do Twitter, Kuleba afirmou que a declaração de Sergei Lavrov "apenas demonstra que Moscovo sente a derrota na Ucrânia" e pediu ao mundo para "redobrar no seu apoio à Ucrânia".

7h45 - Russos terão tomado a cidade de Kreminna

A inteligência britânica anunciou esta manhã que a cidade de Kreminna, na região de Lugansk, terá caído para as mãos das tropas russas, depois de se ter registado "confrontos duros" a sul de Izium. Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, os russos tentam "avançar em direção às cidades de Sloviansk e Kramatorsk a partir do norte e de leste".

Os britânicos apontam ainda para Zaporizhzhia, cidade onde está localizada a maior central nuclear da Europa, onde os russos poderão voltar a atacar a partir do sul.

7h40 - Kyiv diz que começaram ataques de guerrilha na Rússia

Um conselheiro do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Oleksiy Arestovich, disse na segunda-feira que os incêndios registados em depósitos de combustível na Rússia poderão ser o início de ataques de guerrilha, em resposta à invasão russa.

7h35 - Reino Unido elimina tarifas sobre produtos ucranianos

O Reino Unido eliminou na segunda-feira à noite todas as tarifas e restrições a produtos ucranianos, tendo ainda proibido a exportação para a Rússia de produtos tecnológicos considerados como sensíveis.

7h32 - Para recordar:

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, alertou na segunda-feira para o “perigo real” de uma III Guerra Mundial.
  • A Rússia disse que duas pessoas ficaram feridas num bombardeamento numa vila russa localizada na região de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia.
  • O Reino Unido diz que cerca de 15 mil soldados russos morreram durante a guerra na Ucrânia - um valor que, apesar de ser inferior ao lançado pelos ucranianos, aponta para uma perda superior à da União Soviética na Guerra no Afeganistão, que durou entre 1979 e 1989.
  • Foram ouvidas ontem explosões em Tiraspol, capital da Transnístria, região separatista na Moldova. Não foram revelados ainda mais detalhes sobre o sucedido.

7h30 - Bom dia. Arrancamos com a nossa cobertura AO MINUTO desta terça-feira sobre a invasão russa na Ucrânia. Pode recordar a cobertura de segunda-feira aqui.

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