Ex-congressista republicano George Santos condenado a sete anos de prisão

George Santos, de 36 anos, foi condenado por fraude e roubo de identidade após mentir sobre a sua história de vida e ter defraudado doadores para as eleições legislativas dos Estados Unidos, em 2022.

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© Yuki Iwamura/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
25/04/2025 17:40 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Estados Unidos

O ex-congressista republicano George Santos foi condenado, esta sexta-feira, a mais de sete anos de prisão por fraude eletrónica e roubo de identidade, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, após mentir sobre a sua história de vida e ter defraudado doadores.

 

Na leitura da sentença de 87 meses de prisão, a juíza do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Joanna Seybert, questionou onde estavam os "remorsos" de Santos e frisou que, para o ex-político de ascendência brasileira, parecia que a "culpa é sempre de outra pessoa", apontou a agência de notícias The Associated Press (AP).

O ex-político admitiu ter enganado doadores e roubado as identidades de quase uma dúzia de pessoas, incluindo membros de sua família, para financiar a sua campanha vitoriosa. Como parte de um acordo judicial, Santos concordou em pagar cerca de 580.000 dólares (cerca de 510 mil euros) de indemnizações, além de cumprir a pena de prisão.

Santos, de 36 anos, não respondeu às perguntas feitas ao longe pelos repórteres quando entrava no tribunal de Long Island, mas disse à agência de notícias The Associated Press, na quinta-feira, que está resignado com o seu destino.

"Estou fazendo o melhor que qualquer ser humano poderia fazer, dadas as circunstâncias", escreveu Santos numa mensagem de texto na quinta-feira, acrescentando que estava "pronto para enfrentar a música".

George Santos, 36 anos, estava acusado de conspiração, declarações falsas, falsificação de registos, usurpação de identidade agravada e fraude com cartão de crédito, entre outras acusações.

Santos foi eleito em 2022 para representar partes de Queens e Long Island, mas serviu apenas um ano no cargo antes de ser destituído pelos seus colegas da Câmara dos Representantes - o sexto na história da câmara baixa do Congresso norte-americano.

O jornal The New York Times noticiou, pouco depois da eleição de Santos, todas as falsidades sobre o seu currículo, nomeadamente relativas à sua família, religião, estudos, experiência profissional ou passatempos, tendo o próprio admitido que tinha "adornado" alguns detalhes.

Entre as falsidades relatadas incluíam-se ser descendente de judeus sobreviventes do Holocausto que alegadamente fugiram das atrocidades nazis durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ser licenciado pela Universidade de Nova Iorque e ter trabalhado para os bancos norte-americanos Goldman Sachs ou Citigroup.

Santos mentiu ao Congresso sobre a sua riqueza, usou donativos de campanha para pagar despesas pessoais e recebeu subsídios de desemprego enquanto trabalhava.

Santos declarou-se culpado em agosto de 2024, num tribunal federal na cidade de Nova Iorque, por fraude eletrónica e usurpação de identidade para evitar julgamento.

Como parte do acordo com os procuradores, Santos, que fez manchetes pela rede de mentiras que inventou para vencer as eleições em 2022, deverá pagar quase 375 mil dólares (342 mil euros, ao câmbio atual) e ver confiscados outros 205 mil dólares (187 mil euros).

Leia Também: Justiça diz que George Santos está impenitente e enfrenta prisão por fraude

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