Foi ordenada uma pausa na fase probatória do caso de Kilmar Ábrego García, deportado por engano para uma prisão em El Salvador, até 30 de abril, depois de uma ordem emitida na quarta-feira à noite pela juíza federal de Maryland, Paula Xinis, em resposta a um pedido do Governo dos EUA que foi apresentado sob sigilo.
Xinis, que criticou duramente a administração Trump pela sua falta de transparência no caso Ábrego, pressionou os advogados do Governo a entregarem documentos que provem que estão a tomar as medidas necessárias para o regresso do migrante, que nasceu em El Salvador e vive em Maryland há mais de 10 anos.
Este novo acordo surge depois de a administração Trump ter afirmado, numa declaração juramentada, que está envolvida em "discussões diplomáticas apropriadas" com El Salvador sobre Ábrego, mas recusou-se a divulgar publicamente informações específicas sobre essas abordagens.
Ábrego, detido numa paragem de trânsito em Maryland, foi transferido há mais de um mês para El Salvador.
A administração Trump acusa-o de pertencer ao gangue Mara Salvatrucha (MS-13), apesar de não ter antecedentes criminais e sem apresentar provas que o liguem definitivamente a esta organização criminosa transnacional.
Ábrego García foi inicialmente enviado para a prisão de segurança máxima de El Salvador, Centro de Confinamiento del Terrorismo (CECOT), que foi acusada de abusos dos direitos humanos, e mais tarde foi transferido para outra prisão no país centro-americano, confirmaram as autoridades americanas.
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