Zelensky afirma que Rússia usou míssil norte-coreano no ataque a Kyiv

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou hoje que a Rússia usou um míssil balístico de fabrico norte-coreano no ataque na última noite em Kyiv, que matou pelo menos 12 pessoas.

Notícia

© Lusa

Lusa
24/04/2025 21:14 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Volodymyr Zelensky

"De acordo com informações preliminares, os russos utilizaram um míssil balístico de fabrico norte-coreano. Os nossos serviços especiais estão a verificar todos os detalhes", afirmou Zelensky nas redes sociais.

 

O líder ucraniano realçou que, a confirmar-se a informação, será "mais uma prova da natureza criminosa da aliança" entre Moscovo e Pyongyang.

"Matam pessoas e atormentam vidas juntos, esse é o único objetivo da sua cooperação. A Rússia usa mísseis e artilharia [norte-coreanos] continuamente. Pyongyang, por sua vez, tem a oportunidade de tornar as suas armas mais letais em condições reais de guerra", observou.

Esta não é a primeira vez que a Ucrânia acusa a Rússia de utilizar mísseis balísticos fornecidos pela Coreia do Norte.

De acordo com uma declaração em novembro passado do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, a Rússia recebeu sistemas de artilharia autopropulsada M-1989 e M-1991 de 170 milímetros da Coreia do Norte, juntamente com cerca de cem mísseis KN-23 e pelo menos cinco milhões de cartuchos de munições.

O último ataque russo com mísseis da Coreia do Norte tinha ocorrido em dezembro de 2024 contra Kyiv, de acordo com as autoridades ucranianas, seguindo-se a outros executados em junho e em setembro do ano passado.

A Força Aérea ucraniana informou no seu relatório diário de hoje que, entre os mísseis lançados durante a noite pela Rússia, incluíram-se 11 mísseis balísticos Iskander-M/KN-23, dos quais sete foram abatidos.

O Presidente ucraniano assinalou que as Forças Armadas russas usaram mais de 200 mísseis e drones no ataque em grande escala contra Kyiv e outras cidades do país.

Pelo menos 12 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas na capital ucraniana, referiu Zelensky.

Sobe para 12 número de mortos em ataque russo contra Kyiv

Sobe para 12 número de mortos em ataque russo contra Kyiv

Os serviços de emergência ucranianos encontraram mais três corpos nos escombros dos edifícios destruídos pelo ataque de drones e mísseis lançado pela Rússia contra Kiev na madrugada de hoje, elevando o número de mortos para 12.

Lusa | 17:31 - 24/04/2025

"Mesmo entre os esforços diplomáticos internacionais para pôr fim a esta guerra, a Rússia continua a assassinar civis. Isto significa que [o Presidente russo, Vladimir] Putin não tem medo", avisou.

Para o Presidente da Ucrânia, "deve haver uma cessação completa e incondicional dos ataques, e a Rússia deve aceitar isso", ao mesmo tempo que pediu o reforço das defesas antiaéreas do seu país.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse hoje que tem o seu próprio prazo para um acordo entre Rússia e Ucrânia e insistiu que espera um entendimento rápido, após ter criticado Kyiv pela demora e Moscovo pelos seus últimos ataques.

O enviado norte-americano, Steve Witkoff, é esperado em Moscovo, segundo a Casa Branca e o Kremlin mas sem indicar datas, tendo o portal Axios noticiado, citando fontes de Washington, que deverá encontrar-se com Putin na sexta-feira.

A Rússia tem fustigado a Ucrânia com intensos bombardeamentos diários desde que o Presidente ucraniano propôs no domingo a extensão da trégua que vigorou na Páscoa - declarada unilateralmente por Putin e aceite por Kyiv - a um cessar-fogo de 30 dias nos ataques aéreos contra infraestruturas civis.

Leia Também: Acordo entre Kyiv e Moscovo? "Tenho o meu prazo e quero que seja rápido"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas