Esta será a primeira visita à Arábia Saudita do chefe de Estado turco desde este crime, na ocasião denunciado de forma veemente pelo líder de Ancara.
Erdogan, que nos últimos meses promoveu uma série de encontros oficiais com os principais dirigentes regionais, anunciou em 03 de janeiro a sua iminente visita ao reino saudita. Desde então, não foi emitida qualquer outra informação.
A Turquia, que em julho de 2020 iniciou o processo judicial à revelia de 26 suspeitos sauditas pela morte de Khashoggi, encerrou o caso em 07 de abril passado e reenviou-o para a Arábia Saudita, suscitando protestos de diversas organizações de defesa dos direitos humanos.
Em 02 de outubro de 2018, o jornalista saudita de 59 anos, colaborador do diário norte-americano The Washington Post e um crítico do regime de Riade, foi assassinado e o seu corpo desmembrado no interior do consulado da Arábia Saudita em Istambul, onde segundo a Turquia foi solicitar um documento necessário para o seu casamento.
Após ter negado de início qualquer envolvimento, a Arábia Saudita julgou alguns dos envolvidos no caso e em setembro condenou oito acusados, cinco à pena de morte, de imediato comutada em 20 anos de prisão.
Pelo facto de os nomes dos acusados não terem sido revelados, diversas instâncias internacionais consideraram este julgamento uma "farsa", com a justiça turca a prosseguir as suas investigações até decidir a transferência do caso e arquivar o processo.
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