Militares russos avisam que podem atacar "centros de decisão" em Kyiv

Responsáveis militares russos avisaram hoje que podem atacar os "centros de decisão" na capital ucraniana e asseguraram que não serão travados pela possível presença de conselheiros ocidentais nessas instalações.

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Lusa
26/04/2022 18:42 ‧ 26/04/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

O Ministério da Defesa russo acusou na terça-feira o Reino Unido de emitir declarações que encorajam a Ucrânia à utilização de armamento ocidental para promover ataques em território russo, e avisou que caso se verifique essa situação os militares russos poderão retaliar e atingir estruturas governamentais em Kyiv.

O ministério responsabilizou diretamente o ministro das Forças Armadas britânico, James Heappey, que em declarações à Times Radio disse "não ser necessariamente um problema" caso as armas fornecidas pelos britânicos aos ucranianos sejam usadas para atingir alvos em território russo.

Na declaração, o Ministério da Defesa russo também indica que "as Forças Armadas russas estão preparadas para responder a ataques retaliatórios com armas de precisão de longo alcance dirigidas a centros em Kyiv que adotem essas decisões".

Sublinhou ainda que "a presença de cidadãos de um ou vários países ocidentais nos centros de decisão ucranianos não coloca necessariamente um problema para a Rússia em tomar a decisão de desencadear uma ação de retaliação".

Até ao momento, as forças militares russas evitaram atingir edifícios presidenciais, do governo ou instalações militares em Kyiv durante a sua campanha na Ucrânia, que entrou no terceiro mês.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, ainda de acordo com a organização.

Leia Também: AO MINUTO: Guterres quer "corredores", Putin diz que "funcionam"

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