Reino Unido não quer que o conflito ultrapasse fronteiras da Ucrânia

O primeiro-ministro britânico disse hoje que o Reino Unido não quer "que a guerra alastre para além das fronteiras da Ucrânia" e rejeitou que o Ocidente estivesse envolvido numa guerra com a Rússia através de 'terceiros'.

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Lusa
26/04/2022 22:09 ‧ 26/04/2022 por Lusa

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Rússia/Ucrânia

Citado pela agência de notícias AP, Boris Johnson vincou que não deseja que a guerra se espalhe para além das fronteiras da Ucrânia, mas explicou que como os ucranianos "estão a ser atacadas desde o interior da Rússia, têm o direito de se protegerem e de se defenderem", atacando também o território russo.

A entrevista à estação de televisão britânica Talk TV serviu também para o líder do governo britânico responder às alegações do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que acusou a Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN, ou NATO na sigla inglesa) de estar a "deitar achas para a fogueira", ao apoiar a Ucrânia e que o risco de uma terceira guerra mundial não deve ser subestimado.

A Rússia, aliás, criticou especificamente o Reino Unido depois de um ministro britânico ter dito que é legítimo a Ucrânia atingir depósitos de combustível com armas britânicas.

"É muito, muito importante que não aceitemos a maneira como os russos estão a tentar enquadrar o que se está a passar na Ucrânia", salientou Boris Johnson na entrevista, especificando que "eles estão a tentar enquadrar isto como um conflito entre a Rússia e o Ocidente, ou entre a Rússia e a NATO, e não é isso que se passa".

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 62.º dia, já matou mais de 2.500 civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito mais elevado.

Leia Também: Ataque incentivado por Reino Unido terá resposta "imediata", diz Rússia

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