A suspensão da Rússia foi aprovada com 78,4% dos votos registados, ou seja, com 40 votos a favor e 11 contra.
Esta decisão da assembleia-geral da OMT foi tomada após a Rússia ter anunciado a sua intenção de abandonar esta organização.
A votação já fazia parte da agenda de trabalhos da assembleia-geral e uma vez que a decisão da Rússia só produziria efeitos a longo prazo, os países decidiram manter a deliberação.
O secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, vincou, através de uma publicação na rede social Twitter, que os estatutos da organização são "claros" e incluem o respeito dos direitos humanos.
"Só os membros que cumprem isso podem fazer parte da OMT", referiu.
A suspensão temporária da Rússia impede o país de exercer os seus direitos, como participar nas reuniões desta organização.
De acordo com a resolução hoje aprovada, a suspensão poderá ser levantada quando a assembleia-geral verificar uma "mudança na política da Federação Russa".
Esta resolução foi apresentada pela Alemanha, Áustria, Bulgária, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Japão, Lituânia, Malta, Macedónia do Norte, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia e Ucrânia.
A decisão de realizar uma assembleia extraordinária foi tomada em 08 de março, na sequência de uma reunião de emergência do Conselho Executivo da OMT.
O conselho reuniu-se a pedido dos países membros incluindo a Colômbia, Guatemala, Lituânia, Polónia, Eslovénia e Ucrânia, devido à preocupação e condenação a nível mundial das ações unilaterais da Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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