"A vitória da Ucrânia, que está garantida, infelizmente não será o fim da história da resistência. A próxima etapa é a reconstrução das cidades ucranianas, que foram reduzidas a cinzas por mísseis russos", disse Boychenko numa intervenção por vídeo perante o Comité Europeu das Regiões.
Também o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klishchko, na mesma reunião, assegurou que o objetivo da Rússia é ocupar a capital da Ucrânia e invadir todo o país, pedindo à comunidade internacional para não deixar de estar ao lado da população ucraniana.
"Os russos estão a tentar ocupar todo o país. (...) O alvo é Kiev, porque a capital tem um estatuto simbólico, é o coração do país", explicou Klishchko.
O autarca de Mariupol aproveitou a sessão do Comité Europeu das Regiões para pedir a ajuda de especialistas europeus, para ajudar nos trabalhos de reconstrução da sua cidade que sofreu a destruição de mais de 90% das suas infraestruturas.
"Mais de 200.000 cidadãos foram vítimas destas atrocidades. O dobro daquelas que foram vítimas dos fascistas, quando Mariupol foi ocupada durante a Segunda Guerra Mundial", disse o Boychenko, mostrando-se convicto de que o seu país saberá superar este conflito.
"Depois da nossa vitória, o apoio dos países europeus será essencial para nós. Pedimo-vos, apelamos a toda a comunidade europeia para que se una, em nome da paz e do desenvolvimento, em nome da reconstrução da Ucrânia e, no meu caso, para o bem de Mariupol", concluiu o autarca.
Boychenko também sugeriu que cidades de outros países europeus fossem geminadas com uma das cidades destruídas na Ucrânia, para ajudá-las financeiramente na reconstrução.
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