Agressores sexuais na Ucrânia terão entre 20 a 25 anos, diz comissária

A responsável dos Direitos Humanos na Ucrânia disse que em duas semanas foram recebidas mais de 400 denúncias.

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Teresa Banha
27/04/2022 21:53 ‧ 27/04/2022 por Teresa Banha

Mundo

Rússia/Ucrânia

A comissária dos Direito Humanos da Ucrânia, Liudmyla Denisova, deu uma entrevista ao canal de televisão ucraniano Suspilne, durante a qual referiu que, entre 1 e 14 de abril, foram denunciados mais de 400 alegados crimes de violência sexual, que terão sido cometidos por membros das tropas russas.

Liudmyla Denisova já tinha tornado públicos estes números na sua página de Facebook, porém, durante a entrevista, a responsável ucraniana terá contado que há "duas características" comuns nestas denúncias. 

Segundo conta Denisova ao Insider, a maioria das denúncias envolvia jovens soldados entre o 20 e os 25 anos. "Isto é, aqueles que cresceram sob as regras de Putin, com a sua propaganda", especificou.

Por outro lado, a responsável conta que a maioria das vítimas que falaram com membros da UNICEF - organização que trabalha conjuntamente com o gabinete de Denisova e que já disse que a violência sexual está a ser usada como arma de guerra - contaram que os crimes de violação terão sido cometidos em público. A responsável deu o exemplo de uma jovem de 25 anos que disse que foi obrigada a ver membros das tropas russas a violarem a irmã de 16 anos. A irmã mais velha terá implorado que a violassem a ela e poupassem a irmã, conta Denisova durante a entrevista, citada pelo Insider.

A comissária explica ainda que há crianças muito novas vítimas de violação. Terá sido o caso de uma criança de 11 anos que foi violada em Hostomel, uma cidade a noroeste de Kyiv. Segundo a responsável, que diz que a partilha destas histórias está a ser feita com autorização das vítimas, a rapariga de 11 anos "só se lembra do início [...], quando foi atirada ao chão".

Há vários relatos destes crimes que têm vindo a ser tornados públicos, como, por exemplo, o de uma mulher que disse "não querer viver" mais depois de ter sido perseguida e violada por soldados russos em Kherson.

A violência sexual tem vindo a ser utilizada como arma de guerra, e, em alguns casos, terá resultado em gravidezes.

Leia Também: Russos usam violação como 'instrumento de guerra' na Ucrânia

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