Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, revelou este domingo ter falado com o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, quanto à próxima ronda de sanções da UE contra a Rússia. A seu ver, o novo pacote "deverá incluir um embargo ao petróleo russo", sublinhado ainda que "não há alternativa à concessão do estatuto de candidato à UE à Ucrânia".
“Conversei com Josep Borrell sobre a próxima ronda de sanções da UE contra a Rússia, que deverão incluir um embargo ao petróleo russo. Salientei também que não há alternativa à concessão do estatuto de candidato à UE à Ucrânia”, adiantou o responsável, através da rede social Twitter.
Kuleba referiu ter também abordado a retirada de civis da cidade sitiada de Mariupol, sendo que pelo menos 100 pessoas já conseguiram sair do complexo siderúrgico de Azovstal, onde se encontravam abrigadas, segundo Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano.
I spoke with @JosepBorrellF on the next round of EU sanctions on Russia which must include an oil embargo. I also emphasized there can be no alternative to granting Ukraine EU candidate status. We paid separate attention to further safe evacuation from besieged Mariupol.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) May 1, 2022
Recorde-se que, a 22 de abril, o vice-presidente e comissário do comércio dos 27, Valdis Dombrovskis, disse que a Comissão Europeia (CE) está a pensar "muito" em incluir sanções às importações de petróleo da Rússia no próximo pacote de medidas contra o gigante eslavo.
"Devemos impor as sanções de uma forma que se maximize a pressão sobre a Rússia e, ao mesmo tempo, minimize os danos colaterais para nós", esclareceu, na altura.
Por sua vez, a 18 de abril, o vice-chefe do gabinete da presidência da Ucrânia anunciou que um dos questionários necessários à adesão à União Europeia já foi preenchido, sendo que "a bola está agora do lado dos Estados-membros". O país espera obter o estatuto de candidato já em junho.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
O conflito causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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