"Os jornalistas nunca deviam ter de escolher entre a verdade e a vida", assinalou a presidente do PE, Roberta Metsola, numa declaração na abertura dos trabalhos da sessão plenária, que decorre até quinta-feira, em Estrasburgo, França.
A líder do PE lembrou os jornalistas que se encontram a fazer cobertura da guerra na Ucrânia e realçou que "uma democracia forte precisa de uma imprensa forte" e que "não pode haver democracia sem liberdade de imprensa".
Na ocasião, Metsola lançou a segunda edição do Prémio de Jornalismo Daphne Caruana Galizia, lançado em 2020, por ocasião do aniversário da morte da jornalista, com o objetivo de premiar jornalismo de excelência que reflita os valores da União Europeia.
Daphne Caruana Galizia era uma jornalista, 'blogger' e ativista anticorrupção maltesa cujo trabalho jornalístico se centrava na corrupção, lavagem de dinheiro, crime organizado, venda de cidadania e nas ligações do governo maltês aos Panamá Papers, assassinada em 2017.
Por sua vez, a vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Vera Jourová, lembrou também os jornalistas na Ucrânia, salientando que os repórteres mostram o que a Rússia não quer que seja visto e garantindo que a sua segurança é "a primeira prioridade" da União Europeia.
Adicionalmente, a responsável da CE recordou as medidas apresentadas em setembro aos Estados-membros para a garantia da segurança dos repórteres.
"Queremos providenciar apoio psicológico e legal aos jornalistas que enfrentam ameaças, e aumentar a sua proteção 'online' e 'offline'", afirmou.
A par com a legislação, Vera Jourová disse ainda que vão ser delegados fundos "para apoiar projetos jornalísticos", destacando o financiamento de oito milhões de euros para parcerias na área, recentemente anunciado.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa celebra-se a 03 de maio e foi criado em 20 de dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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