Alina Kabaeva consta de uma nova lista de pessoas em risco de serem proibidas de entrar na União Europeia (UE) e de verem os seus bens congelados, no âmbito de um sexto pacote de sanções da UE atualmente em discussão, em resposta à guerra na Ucrânia.
Os media atribuem a Putin um relacionamento com Alina Kabaeva há anos, tendo o presidente russo negado em 2008.
Alina Kabaeva "é a presidente do conselho de administração do National Media Group (NMG), uma holding que detém ações significativas em quase todos os principais meios de comunicação federais russos que reproduzem propaganda do governo russo", de acordo com informações do Serviço Europeu Externo .
A ex-ginasta e ex-deputada da Duma (Assembeia Legislativa russa) está "intimamente associada ao presidente Vladimir Putin", refere o documento.
Segundo um artigo recente do Wall Street Journal, que cita autoridades norte-americanas, Alina Kabaeva é descrita num relatório confidencial dos serviços de inteligência norte- americanos como beneficiária da fortuna de Vladimir Putin.
Três outras pessoas, que trabalham para a agência estatal Ria Novosti e qualificadas como "propagandistas", também constam da lista apresentada aos Estados-membros na quarta-feira pelo serviço do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
Estes quatro nomes somam-se aos de 58 pessoas - incluindo o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, o Patriarca Kirill, vários soldados russos suspeitos de "crimes de guerra" em Bucha e membros da família do porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov - , que Bruxelas propôs na terça-feira colocar na "lista negra europeia".
As sanções europeias, adotadas desde 2014 após a anexação da Crimeia, já incluem 1.091 pessoas e 80 entidades.
O sexto pacote de sanções em discussão prevê um embargo progressivo ao petróleo russo, a exclusão do banco russo mais importante, o Sberkank (que detém 37% do mercado russo) e dois outros estabelecimentos do sistema financeiro internacional Swift, bem como a proibição de transmissão de três canais de TV russos, incluindo Russia 24 e Russia RTR.
A unanimidade dos 27 membros da UE é necessária para a adoção das sanções.
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