Guterres na Moldova na próxima semana para agradecer ajuda aos refugiados

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, visita a Moldova no início da próxima semana para manifestar a sua "solidariedade e gratidão" com o povo que acolheu até ao momento quase meio milhão de ucranianos.

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Lusa
07/05/2022 06:05 ‧ 07/05/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

A viagem do diplomata português, que ocorre na segunda e terça-feira, coincide também com o 30.º aniversário da entrada do Estado da Moldova como membro das Nações Unidas e é uma forma de expressar o seu apreço pelo papel do país nas operações de paz no mundo, destacou a ONU em comunicado.

Guterres visitará um campo de refugiados construído com o apoio de agências da ONU, onde conversará com alguns dos refugiados ucranianos, bem como com outros que foram acolhidos por famílias moldavas e que representam a maioria.

O responsável da ONU esteve em Moscovo e Kiev na semana passada, como parte dos seus esforços para impedir a guerra e a invasão russa da Ucrânia.

Os esforços diplomáticos resultaram até agora em três momentos de retirada de meio milhar de civis ucranianos que se encontravam cercados pelas forças russas na cidade portuária estratégica de Mariupol, no sudeste da Ucrânia.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas declarou esta sexta-feira, de forma unânime, um "apoio firme" a António Guterres, "na busca de uma solução pacífica" para a guerra da Rússia na Ucrânia.

Escrita pela Noruega e pelo México e obtida pela agência France-Presse (AFP), a declaração não chega ao ponto de apoiar uma mediação de António Guterres como previa uma primeira versão do texto negociado desde quinta-feira.

A declaração aprovada, incluindo com o voto da Rússia, representa, no entanto, a primeira demonstração de unidade do Conselho de Segurança da ONU desde o início da invasão em 24 de fevereiro.

Após a visita à Moldava, Guterres viaja para Viena na quarta-feira, onde terá várias reuniões sobre alterações climáticas e presidirá a uma reunião com os responsáveis de várias agências da ONU, para estudar com estes o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Conselho de Segurança dá "apoio firme" a Guterres para "solução pacífica"

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