Reino Unido sugere que generais russos sejam julgados em tribunal militar

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, defendeu hoje que os generais russos devem ser levados a um tribunal militar pelo que fizeram na Ucrânia, que compara às ações do regime nazi na Segunda Guerra Mundial.

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© House of Commons/PA Images via Getty Images

Lusa
09/05/2022 11:25 ‧ 09/05/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Num discurso hoje proferido no Museu Nacional do Exército, cujos excertos foram divulgados antecipadamente pelas agências internacionais, Wallace pretendeu denunciar a instrumentalização por parte do Presidente russo, Vladimir Putin, do 77.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi para esconder os "erros" cometidos na Ucrânia.

Milhares de soldados russos marcharam hoje no tradicional desfile militar do dia 9 de maio, o 'Dia da Vitória', na Praça Vermelha, em Moscovo, que assinala o dia em que a Alemanha nazi se rendeu às forças soviéticas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"Através da invasão da Ucrânia, Putin, o círculo mais próximo e os generais estão agora a refletir o fascismo e a tirania de há 70 anos, repetindo os erros dos regimes totalitários do século passado. O destino também deve, certamente, eventualmente ser o mesmo", apontou Wallace.

Na mesma intervenção, o ministro denunciou os generais russos "resplandecentes nos uniformes de desfile, carregados com as suas inúmeras medalhas - totalmente cúmplices da apropriação indevida de Putin da história orgulhosa dos antepassados".

Segundo Wallace, os soldados russos "não estão apenas envolvidos em invasões ilegais e crimes de guerra, mas os comandantes falharam perante os próprios soldados a ponto de serem levados a um tribunal militar", acrescentou.

Ben Wallace disse ainda que Vladimir Putin quer "intimidar" o mundo com o seu desfile militar em Moscovo, acusando os líderes militares russos de "corrupção".

Putin quer que o povo russo se sinta "assombrado" e o mundo "intimidado" pelo "militarismo contínuo", mas o conflito armado na Ucrânia "não faz mais do que desonrar os soldados", reforçou o ministro britânico.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Reino Unido anuncia novas sanções comerciais contra a Rússia

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