Durante as celebrações do Dia da Vitória, em Moscovo, esta segunda-feira, o presidente russo desfilou com a multidão, que levava nas mãos fotografias de entes queridos e amigos que lutaram na Segunda Guerra ao serviço da União Soviética.
As imagens, captadas pelas televisões estatais russas, mostraram Vladimir Putin a transportar a fotografia do seu pai, que lutou pelo exército soviético numa divisão especial.
Segundo a Reuters, citando o Kremlin o pai do presidente russo, Vladimir Spiridonovich Putin, lutou na linha da frente na Segunda Grande Guerra, na mesma linha da frente que venceu a guerra e tomou Berlim em 1945.
No seu discurso na Praça Vermelha, que gerou muita expectativa a nível internacional, Putin não classificou o conflito na Ucrânia como uma situação de guerra, como era esperado, mas voltou a apontar o dedo à NATO.
Putin voltou a recordar aquilo que considera ser o crescimento do nazismo na Ucrânia e afirmou que a decisão de invadir a Ucrânia foi a mais correta, dada a "ameaça" para a Rússia no Donbass.
"Vimos como a estrutura militar se estava a desenvolver e como estruturas estrangeiras estavam a ajudar e a aumentar o perigo todos os dias", disse.
O líder russo reafirmou que a NATO não ouviu a Rússia, e acusou a aliança transatlântica de desenvolver uma operação na região do Donbass, o que constituía uma "ameaça inaceitável" nas fronteiras da Rússia.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 3.300 mortos na população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que adverte que o número real de baixas poderá ser muito maior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em cidades bombardeadas e sitiadas pelas tropas russas.
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